Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

A paulistana que é a expressão da fama na geração do iPhone

Depois de explodir na internet, aos 15 anos, Bibi Tatto se transformou em referência para o público de sua idade — e passou a ganhar muito com isso

Por Sabrina Brito Atualizado em 4 jun 2024, 15h16 - Publicado em 3 jan 2020, 06h00
VITÓRIA - A paulistana: mais de 9 milhões de seguidores no YouTube, 3 milhões de fãs no Instagram e 621 000 no Twitter
VITÓRIA - A paulistana: mais de 9 milhões de seguidores no YouTube, 3 milhões de fãs no Instagram e 621 000 no Twitter (./.)

“Fala, galera!”. “Fala, rapaziada!” Não há nada de propriamente original, convenhamos, no modo invariável como a paulistana Bianca Tatto Marques começa seus vídeos no YouTube. Depois da saudação, ela se põe a discorrer sobre vivências comezinhas da rotina dos jovens, conta piadas… até que cantarola paródias de hits da música pop imitando o Cebolinha, o personagem da Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa, que tem a língua “plesa”. Pronto. É o bastante. Bibi Tatto, como ficou conhecida, pode, à primeira vista, parecer tão somente mais um fenômeno rotineiro da internet. Não, não é nada disso. Basta examinar os números que gravitam ao redor da moça de cabelos compridos, sobrancelhas grossas e ar sempre descolado. Eles não deixam dúvida de que Bibi já se transformou em uma referência de sua geração e se aproxima do êxito de youtubers mais experientes, como os incontornáveis Felipe Neto, de 31 anos, e Kéfera Buchmann, de 26. No YouTube, a principal plataforma de seu trabalho, mais de 9 milhões de pessoas já depararam 920 milhões de vezes com as publicações de Bibi. No Instagram, somam-se nada menos do que 3,1 milhões de fãs. No Twitter, são 621 000 seguidores.

“Sempre amei a ideia de ter gente me assistindo, fosse aos milhares ou aos milhões”, diz ela. Com a fama, Bibi expandiu os meios de atuação — outra característica da geração da qual faz parte. Em 2016, lançou Um Novo Mundo, livro sobre o videogame Minecraft (a primeira de três obras publicadas até aqui, que venderam algo em torno de 150 000 exemplares). Um ano depois, passou a compor e gravar músicas originais, com temas ligados às paixões adolescentes. Hoje, faz cerca de 25 shows por ano. Ela não compartilha quanto fatura com o trabalho. No entanto, para ter uma noção mínima, leve em conta que foram mais de 2 milhões de reais apenas com os anúncios colocados pelo YouTube antes de cada uma de suas gravações. Convenhamos: não é pouco, galera! Não é pouco, rapaziada!

“Sempre amei a ideia de ter gente me assistindo, fosse aos milhares ou aos milhões”

Continua após a publicidade

A busca pela notoriedade começou cedo. Ainda pequena, ela costumava fazer apresentações musicais para a família, ao lado do irmão Gabriel, um ano mais novo, que aparece com frequência em seus vídeos. E, sim, detalhe: Bibi gravava aqueles shows domésticos e corria para colocá-los no ar na web. Não por acaso, estrearia no YouTube com 12 anos. “Eu não sabia, e mal sei ainda, o nome das estrelas e astros da TV. Mas conhecia todos os youtubers!”, recorda a jovem. Foi Gabriel quem lhe apresentou, em 2012, o Minecraft, então uma febre infantil, cuja proposta é que os participantes construam mundos inteiros com pecinhas virtuais (daí o título do livro de Bibi). A garota se tornou fã dessa espécie de Lego computadorizado e criou um canal no YouTube em que se exibia jogando.

Nos primeiros meses, Bibi não conquistava mais do que três seguidores por dia. O tempo passava e ela não acontecia. A virada veio em 2015, quando gravou a canção Isolados, que debocha do próprio Minecraft. Foi avassalador: ela começou a atrair diariamente 5 000 novos fãs, média que se mantém. O clipe de Isolados ultrapassou a marca de 11 milhões de visualizações e se tornou o campeão de audiência do canal. Até 2017, os posts de Bibi continuavam a tratar de games. Ela decidiu, então, variar os assuntos. Gostou da brincadeira e, agora, fala e mostra “de tudo”. Em um dos quadros de maior receptividade, Bibi aparece experimentando comidas exóticas. “Mesmo com todo o meu empenho, pessoas mais velhas — professores, inclusive — ainda me dizem que o que eu faço não seria uma profissão”, relata Bibi, que hoje cursa a faculdade de rádio, TV e internet. Na verdade, ela teria muito a ensinar aos docentes. Até 2018, a própria Bibi produzia, editava e divulgava seus trabalhos. De lá para cá, contratou quatro auxiliares. Como a equipe, suas ambições só têm crescido. Eis uma profissional, sim, do presente — e do futuro.

Publicado em VEJA de 8 de janeiro de 2020, edição nº 2668

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.