A explosão de contas falsas sob as novas regras de verificação do Twitter
Liberação de selos de verificação para assinantes do modelo pago fez com que muitos criassem perfis apenas para causar confusão

Quando Elon Musk, o novo dono do Twitter, anunciou que pretendia cobrar uma taxa mensal para que qualquer um pudesse ter um selo de verificação, ficou claro que a medida poderia prejudicar celebridades e personalidades, visadas por contas falsas. De fato, foi o que aconteceu. Na quarta-feira (9), mal a cobrança começou a ser feita, uma enxurrada de perfis fakes começou a ser criada.
Um dos exemplos mais bizarros veio de uma conta que se passou pelo astro da NBA Lebron James. Em uma mensagem publicada na plataforma, o suposto Lebron pedia transferência de seu time, o Los Angeles Lakers. Mas não foi o único caso. Outras também surgiram na mesma toada, fazendo declarações polêmicas apenas para confundir o público desavisado.
Por conta dessa confusão, a plataforma anunciou que o serviço pago Twitter Blue não está disponível para contas criadas desde quarta-feira, como forma de prevenir o surgimento de outras contas falsas. Mas o problema foi apenas parcialmente resolvido, já que existem milhões de perfis inativos prontos para serem usados com intenções maliciosas.
Agora, quem clica no selo azul de verificação consegue ver se o perfil em questão é assinante do Twitter Blue pu uma pessoa relevante em sua área de atuação, como jornalistas ou celebridades. Mas tudo pode mudar com enorme velocidade. Na própria quarta-feira o Twitter colocou em prática um segundo selo de “oficial” para perfis de empresas e veículos de imprensa, mas a identificação já foi descontinuada.
O modelo pago não é exatamente uma criação de Musk. Antes, o Blue oferecia apenas algumas ferramentas adicionais, como a edição de mensagens. Mas desde que o bilionário assumiu o comando da rede social, a mensalidade virou um requisito para o selo azul de verificação.