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Zona Norte de São Paulo recebe fumacê contra a febre amarela

Segundo a prefeitura, a nebulização, que foi feita em áreas próximas de onde foi encontrado o macaco morto pela doença, mira combater o Aedes Aegypti

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 4 jun 2024, 20h52 - Publicado em 27 out 2017, 08h35

A Prefeitura da cidade de São Paulo tem usado nebulização – fumacê – e visitas a imóveis na Zona Norte como estratégia de combate ao Aedes aegypti na região do Horto Florestal e do Parque do Anhanguera. A medida é de prevenção contra a febre amarela. A vacinação nos postos teve o horário ampliado pela Secretaria Municipal de Saúde e também será feita neste fim de semana.

A pasta informou que equipes das supervisões de vigilância atuaram em imóveis às margens das áreas de mata dos parques e que a nebulização atingiu 3,7 imóveis em uma área em que vivem 9.361 pessoas. O Aedes também é capaz de transmitir os vírus da zika, chikungunya e dengue.

A nebulização foi feita, segundo a Prefeitura, em áreas próximas ao local onde foi encontrado um macaco morto com infecção confirmada pela doença.

Na capital, já foram aplicadas 146,6 mil doses da vacina no entorno do Horto, do Parque Anhanguera e do Cantareira. Atualmente, 37 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) fazem a vacinação de moradores da Zona Norte. A partir da próxima semana, os postos funcionam com horário ampliado, de 7 horas às 19 horas. Até agora, o funcionamento tem sido das 8 horas às 17 horas. Também haverá atendimento amanhã e domingo.

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Parques

O Horto, os parques Anhanguera, da Cantareira e outros 12 parques municipais da Zona Norte vão permanecer fechados por tempo indeterminado. Segundo Juliana Summa, bióloga do Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, as unidades tiveram visitação restrita por prevenção.

“Verificamos os corredores ecológicos, que são caminhos de vegetação que interligam as áreas verdes para que a fauna tenha passagem de uma área para outra. Não só a fauna, mas os mosquitos alcançam essas áreas. Não sabemos se tem mosquitos em todas as áreas, mas a gente fechou o que era mais próximo do vírus.”

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Mas no entorno das unidades, muitos paulistanos não sabiam que a medida havia sido tomada. Nesta última quinta-feira (26) a reportagem visitou oito dos 13 parques municipais da lista. Só três (parques Cidade Toronto, Jacintho Alberto e Lions Tucuruvi) estavam totalmente fechados e com sinalização de alerta sanitário (folha de papel sulfite plastificada de tamanho A4). O Senhor do Vale, no Jaraguá, estava fechado, mas sem sinalização.

“Como vão impedir de as pessoas virem aqui se fica na frente da casa delas? Aqui é uma espécie de quintal das pessoas”, questionou a aposentada Noêmia Mendonça, de 59 anos, coordenadora do Espaço Cultural Jardim Damasceno, dentro do Parque do Canivete, no extremo norte. Lá, foram colocados avisos nos pontos de ônibus. Segundo moradores, macacos costumam ser vistos na região.

“Deveria ter sido mais divulgado. Ainda mais porque não tem macacos (no parque)”, disse Edineia Brito, de 50 anos, sobre o Parque Cidade Toronto.

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Em nota, a Secretaria do Verde informou que os avisos são provisórios e prometeu colocar sinalização em todos os parques ainda nesta sexta-feira, 27. Além disso, diz apostar em outras formas de comunicação, como as redes sociais e a comunicação entre gestores do parque e a população.

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