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Violência na TV durante infância pode levar a riscos no futuro, diz estudo

Os jovens experimentaram aumento do sofrimento emocional, além de menor envolvimento, desempenho e motivação em sala de aula

Por Diego Alejandro
26 dez 2022, 20h42

A série, filme ou videogame violento que seu filho tem acesso pode levar a riscos posteriores de comprometimento psicológico e acadêmico, de acordo com um novo estudo publicado no Journal of Developmental and Behavioral Pediatrics e liderado por Linda Pagliani, professora da Escola de Psicoeducação da Université de Montréal.

A pesquisadora e sua equipe examinaram o conteúdo violento que os pais relataram que seus filhos assistiam aos 3 e 4 anos de idade e, em seguida, realizaram um acompanhamento quando as crianças chegaram aos 12 anos, com dois pontos de vista. O primeiro, a partir do que os professores disseram ter observado e, segundo, do que as próprias crianças, no final da 7ª série, descreveram como seu progresso psicológico e acadêmico.

Em comparação com seus colegas do mesmo sexo que não tiveram contato com conteúdo violento na tela, meninos e meninas que experimentaram essa exposição apresentaram maior probabilidade de experimentar aumentos subsequentes de sofrimento emocional, além de menor envolvimento, desempenho e motivação em sala de aula.

Para os jovens, a transição para o ensino médio já representa uma etapa crucial em seu desenvolvimento como adolescentes. Sentir tristeza e ansiedade e correr riscos acadêmicos tende a complicar sua situação”, diz Linda.

O grupo de pesquisa chegou à conclusão após examinar dados de crianças nascidas em 1997 ou 1998 que fazem parte do Estudo Longitudinal de Desenvolvimento Infantil de Quebec, coordenado pelo Institut de la Statistique du Québec. Ao todo, os pais de 978 meninas e 998 meninos participaram do estudo sobre a exibição violenta de TV na idade pré-escolar.

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Super-heróis

“Crianças em idade pré-escolar tendem a se identificar com os personagens da TV e tratar tudo o que veem como real”, explica a pesquisadora. “Elas são especialmente vulneráveis ​​a representações humorísticas de heróis e vilões glorificados que usam a violência como um meio justificado para resolver problemas.

A exposição repetida a sequências de ação, indutoras de adrenalina, e efeitos especiais cativantes podem reforçar crenças, atitudes e impressões de que a violência habitual nas interações sociais é “normal”. O aprendizado incorreto de habilidades sociais essenciais pode dificultar a adaptação na escola, conclui o estudo.

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