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Usuários jovens de maconha são mais propensos a desenvolver esquizofrenia

Associação é maior em homens jovens, indica nova pesquisa. Um terço dos casos poderiam ser evitados se não houvesse uso de maconha

Por Diego Alejandro
Atualizado em 17 Maio 2023, 15h53 - Publicado em 17 Maio 2023, 15h42

De acordo com um estudo feito por pesquisadores do National Institutes of Health (NIH) da Dinamarca e publicado na revista Psychological Medicine, usuários frequentes de maconha são mais propensos a desenvolver esquizofrenia, principalmente em homens jovens.

O trabalho analisou registros de saúde de mais de 6 milhões de pessoas na Dinamarca nos últimos 50 anos. Estima-se que 30% dos casos de esquizofrenia entre homens de 21 a 30 anos poderiam ter sido evitados se o uso pesado de maconha fosse refreado, concluíram. Em 2021, a utilização frequente da maconha também desempenhou um papel central nos casos de desenvolvimento da condição, sendo 15% dos casos em homens, de 16 a 49 anos, e 4% das mulheres, na mesma faixa etária.

“À medida que o acesso a produtos potentes de cannabis continua a se expandir, é crucial que também aumentemos a prevenção, a triagem e o tratamento derecionado às pessoas que possam sofrer de doenças mentais associadas ao uso da maconha”, disse a diretora do NIDA e coautora do estudo, Nora Volkow. “As descobertas deste estudo são um passo nessa direção e podem ajudar a informar as decisões que os profissionais de saúde podem tomar ao cuidar dos pacientes ou os própros indivíduos sobre seu uso individual da cannabis”.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos definem o transtorno do uso de cannabis como a incapacidade de parar de usar maconha, apesar dos efeitos negativos na saúde e na vida social do usuário. Estudos referenciados pelo órgão estimam que cerca de 30% das pessoas que usam maconha desenvolvem transtornos e usuários frequentes têm 10% de chance de se tornarem viciados.

Em outra investigação publicada na revista científica Clinical Toxicology, um grupo de pesquisadores descobriu que o uso excessivo de cannabis aumentou drasticamente entre adolescentes nos Estados Unidos, desde os anos 2000: cerca de 245%. Esse levantamento aponta mais de 338 mil casos de uso indevido da substância entre americanos de 6 a 18 anos, por meio, principalmente, de produtos comestíveis.

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Liberação

A liberação da maconha para uso recreativo no Canadá tornou o país o segundo no mundo a legalizar o uso da erva – o primeiro foi o Uruguai, em 2014 – e ampliou a lista para pelo menos 31 países que adotam uma postura mais liberal sobre o tema. Em outros, a maconha segue proibida, mas descriminalizada para o uso pessoal.

“O aumento na legalização da cannabis, nas últimas décadas, a tornou uma das substâncias psicoativas mais usadas no mundo, além de diminuir a percepção do público sobre seus danos. Este estudo contribui para nossa crescente compreensão de que o uso de cannabis não é inofensivo e que os riscos não são fixados em um ponto no tempo”, disse Carsten Hjorthøj, principal autor do estudo e professor da Universidade de Copenhague.

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