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“Varíola do macaco” entra em Portugal e preocupa a Europa

País confirma 5 casos da doença rara. Reino Unido já havia alertado para 7 pessoas infectadas e Espanha monitora 8 suspeitos

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h24 - Publicado em 18 Maio 2022, 18h19

Nesta quarta-feira 18, a Direção-Geral da Saúde (DGS) de Portugal informou a identificação de cinco casos de pessoas com o vírus da varíola dos macacos (monkeypox, em inglês). As autoridades de saúde da Espanha também declararam que estão testando oito casos suspeitos da doença, que na segunda-feira 16, chegou a sete diagnósticos no Reino Unido, o que fez um alerta à Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Foram identificados, neste mês de maio, mais de 20 casos suspeitos de infeção pelo vírus Monkeypox, na região de Lisboa e Vale do Tejo, cinco dos quais já confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Os casos, na maioria jovens, e todos do sexo masculino, estão estáveis, apresentando lesões ulcerativas”, diz o comunicado de Portugal. Segundo a DGS, mais de 20 casos estavam em análise, dos quais cinco foram confirmados.

Assim, a Europa chega a 12 contaminados com a doença que causa lesões na pele. De acordo com a Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA), trata-se de uma doença rara, mas não grave, com os contaminados se curando em semanas. Os países europeus, porém, estão monitorando surtos desde o primeiro caso identificado pela agência britânica, no dia 7 de maio. “Isso é raro e incomum. A UKHSA está investigando rapidamente a fonte dessas infecções porque as evidências sugerem que pode haver transmissão do vírus da varíola dos macacos na comunidade, espalhado por contato próximo”, Susan Hopkins, a consultora médica chefe da agência britânica, em nota.

Na segunda-feira, a agência anunciou que os quatro novos contaminados no Reino Unido se identificaram como gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens. O Ministério da Saúde espanhol e a DGS de Portugal não divulgaram qualquer informação sobre a orientação sexual dos infectados. “Estamos vendo transmissões entre homens que têm relações sexuais com homens, uma nova informação que devemos estudar adequadamente para compreender melhor a dinâmica (do contágio)”, disse Ibrahima Socé Fall, o diretor-geral adjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) para intervenções de emergência.

Depois do alerta, a OMS anunciou, na terça-feira 17, que quer esclarecer os casos de varíola do macaco detectados na Europa, uma infecção viral rara com sintomas que incluem febre, dores de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo. Semelhante à varíola humana, é mais leve, registrada pela primeira vez na República Democrática do Congo nos anos 1970.

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