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Vacinação: os estados que mais avançaram e os que podem ficar sem doses

Enquanto São Paulo e Minas Gerais estão em ritmo acelerado, Bahia, Rio de Janeiro e Amazonas estão quase sem estoque e correm risco de paralisação

Por Alexandre Senechal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 fev 2021, 15h02 - Publicado em 15 fev 2021, 18h22

Nos últimos sete dias, o Brasil teve bom desempenho na quantidade de vacinas aplicadas na luta contra a Covid-19. Quase 1,5 milhão de pessoas foram imunizadas em todo o território nacional. Houve um salto expressivo quando se olhar para o histórico de uma semana – na segunda-feira, 8 de fevereiro, 3.738.218 pessoas tinham estendido o braço para a agulhada de esperança; nesta segunda-feira,15, até a 18h, eram 5.250.869. Na comparação com a movimentação do restante do mundo, o ritmo acelerado faz do país o quinto do mundo na corrida pela proteção contra o vírus, de acordo com um levantamento mundial feito pela Bloomberg.

Visto do ponto de vista nacional, a informação é alvissareira – no entanto, convém tratá-la com olhar mais cuidadoso. Há ritmos e ritmos, a depender de cada estado, e assim como o número de casos e mortes pela doença tem variações de uma região para a outra, o de vacinação também oscila muito. Algumas unidades da Federação apresentam uma situação mais tranquila, com estoque dos imunizantes e o avanço do atendimento para novos grupos de pessoas. Em outras, contudo, há falta de doses e risco de estoque zerado.

Pode-se atribuir a defasagem ao modo pelo qual cada governador determinou a campanha de vacinação. São Paulo lidera a lista e já atendeu mais de 1,5 milhão de pessoas até aqui. Na última sexta-feira, 12, o governo do estado iniciou a imunização de idosos entre 85 e 89 anos antes do previsto. No entanto, já se sabe que haverá atraso na imunização da faixa entre 80 e 84 anos (embora algumas cidades, como São José dos Campos já tenham levado esse grupo aos postos de saúde). A vacinação de pessoas entre 80 e 84 anos deve acontecer apenas a partir de 1º de março – data que, de acordo com o Plano Estadual de Imunização original, idosos acima de 75 anos estariam tomando a segunda dose. Previa-se a vacinação antes de março. Ressalve-se, contudo, que em alguns casos houve até antecipação. “Marcarmos as datas de acordo com a quantidade de vacinas”, explicou o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn. “Se conseguirmos, iremos adiantar, como temos feito, mas tudo depende da quantidade de vacina disponível”.  Minas Gerais, o segundo colocado, iniciou a vacinação para o grupo entre 86 e 88 anos no último final de semana.

Os dois estados, São Paulo e Minas, saíram à frente porque souberam se organizar diante da escassez de doses – ainda que, fazendo os números crescerem no início, exista o risco de desaceleração das curvas de imunizados. Paga-se, enfim, o preço do descaso do Ministério da Saúde na largada, e não fosse a reação de alguns governadores, a situação poderia ser ainda mais delicada.

Os problemas mais graves aparecem dos estados que ocupam o terceiro e o quarto da lista. Bahia e Rio de Janeiro. As capitais de ambos já estão com os estoques de vacina perto do fim e esperam receber um novo carregamento do imunizante para continuar seus processos de imunização. O prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes afirmou nesta segunda-feira que a cidade suspenderá a campanha de imunização na quarta-feira, 17, por falta de doses. Amazonas, e principalmente a capital Manaus, passam por problema semelhante.

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Ressalve-se, portanto, que será preciso trocar combustível com o avião voando – mas o Brasil tem condições de manter a vacinação em patamares aceitáveis de distribuição e aplicação das doses.

Confira os números da vacinação nos estados e no país atualizados até às 18h desta segunda-feira, 15:

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