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Vacinação atualizada é essencial para prevenir covid longa e formas graves

Recomendação considera circulação contínua do vírus e o surgimento de novas variantes; entenda esquema com a dose atualizada do imunizante

Por Ligia Moraes Atualizado em 5 jun 2024, 19h45 - Publicado em 5 jun 2024, 18h45

Apesar de a emergência sanitária global por covid-19 ter sido declarada encerrada, o vírus SARS-CoV-2 se mantém em circulação, favorecendo o surgimento de novas variantes. No Brasil, a situação da covid-19 continua preocupante, com números ainda elevados de infecção e mortes: desde janeiro deste ano, mais de 590 mil casos e 3.500 mortes foram registrados.

Os momentos mais críticos e a descida das curvas de registros e óbitos mostraram que a vacinação é a melhor forma de prevenção e combate às formas graves da doença, mas apenas 17,65% da população receberam as quatro doses recomendadas. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentam os maiores índices de casos. Vale ressaltar que a vacina contra a covid-19 foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) a partir deste ano. 

E como o novo coronavírus é mutável, ou seja, está constantemente se modificando para fugir da nossa resposta imunológica, é importante que as vacinas também se mantenham atualizadas. A vacina de mRNA contra a covid-19, chamada Spikevax, da farmacêutica Moderna, foi introduzida no Brasil em maio e busca para melhorar a resposta imunológica contra as variantes dominantes como Ômicron XBB e a cepa JN.1. Segundo o Ministério da Saúde, 12,5 milhões de doses foram adquiridas para o PNI.

A atualização foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e recomendada por entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana, que indicaram uma composição monovalente específica para uma maior eficácia.

Importância da vacinação atualizada

Com o intuito de aumentar a conscientização e a taxa de vacinação no país, foi lançada a campanha “Vacina Brasil”, promovida pelo grupo farmacêutico Adium, representando a Moderna,  em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). 

Durante uma coletiva de imprensa referente à campanha, realizada em São Paulo, especialistas reforçaram a importância da vacinação contínua com doses atualizadas para a prevenção da covid longa e de complicações graves, especialmente para garantir a eficácia contra as variantes emergentes do vírus.

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Para Glaucia Vespa, imunologista e diretora médica de vacinas da América Latina da Adium/Moderna, a vacina de RNA mensageiro é um grande marco na história da medicina. “Este imunizante, além do perfil de alta eficácia e segurança,  instrui a célula a estimular o sistema imunológico para combater o vírus”, explica a especialista. “É como se ela ensinasse o corpo a fazer o próprio remédio” compara.

Glaucia também fez um alerta sobre o fenômeno da normalização do coronavírus, no qual a população deixa de dar importância à doença e, consequentemente, de se vacinar. Embora o cenário da covid no mundo já não seja tão catastrófico quanto em 2020, ela ainda é uma ameaça para a saúde pública, que causa óbitos e afeta a qualidade de vida. 

Covid longa

A covid longa se refere a sintomas que persistem após quatro semanas da infecção inicial pelo vírus. Mais de 200 sintomas podem ser associados a essa síndrome. No entanto, os mais prevalentes são fadiga extrema, falta de ar, confusão mental, dores musculares e articulares, dor de cabeça, distúrbios do sono, perda de olfato e paladar, entre outros.

“Em 2024, o impacto da covid longa será maior do que a do doença na sua forma aguda”, alerta Alexandre Naime, infectologista e diretor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBIm), também presente na coletiva. 

Existem alguns fatores de risco para condição, algumas delas ainda não são explicadas pela ciência, como indivíduos do sexo feminino, idade avançada, grupos étnicos minoritários, obesidade, tabagismo, gravidade clínica, comorbidades, internação hospitalar e não vacinação ou vacinação incompleta. Estima-se que a prevalência global de covid longa é de 43% no geral, sendo maior em pacientes hospitalizados (54%) comparado a não hospitalizados (34%). 

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Indivíduos vacinados apresentam risco significativamente menor de desenvolver a condição. Assim, a vacinação com a versão atualizada é crucial para garantir uma proteção eficaz contra essa síndrome que pode afetar entre 10% e 20% dos recuperados. Isto pode afetar entre 2,8 milhões e 5,6 milhões de brasileiros, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes, independentemente da gravidade inicial da doença.

Consequências da covid-19 e envelhecimento saudável

A covid-19 pode acelerar o declínio funcional em idosos, afetando sua capacidade de se manterem saudáveis. Essa é uma questão relevante para o Brasil, que ocupa a  6ª posição dos países com maior número de idosos do mundo. 

Fatores como genética, estilo de vida e idade biológica influenciam o grau de capacidade juvenil que um indivíduo mantém à medida que envelhece. Por isso, indivíduos com 60 anos ou mais devem receber duas doses por ano da vacina atualizada contra covid-19, com intervalo de seis meses, conforme orientações do Ministério da Saúde.

Recomendações de vacinação com a Spikevax

A vacina Spikevax está disponível para a população nos postos de saúde e está sendo direcionada principalmente para grupos prioritários, devido à sua vulnerabilidade maior.

Estes grupos incluem: pessoas com 60 anos ou mais, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, crianças a partir de 6 meses de idade, sendo que aqueles não vacinados anteriormente devem receber duas doses.

Esquema de vacinação 

  • Bebês de 6 meses a 5 anos: Aqueles que não foram vacinados anteriormente devem receber duas doses
  • Reforço Anual: A dose de reforço anual está disponível gratuitamente para grupos prioritários acima de 5 anos, com um intervalo mínimo de três meses desde a última dose de qualquer vacina de covid-19
  • Imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes, puérperas e idosos: Devem receber duas doses anuais, com um intervalo mínimo de seis meses entre cada aplicação
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