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Vacina da Moderna é 94% eficaz, confirma New England Journal of Medicine

O imunizante também se mostrou capaz de proteger contra casos graves da doença; resultados da fase 3 se baseiam em dados de 30.420 voluntários

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 dez 2020, 19h01

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Moderna em parceria com o NIH tem eficácia geral de 94,1%, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira, 30, no New England Journal of Medicine. A análise preliminar de dados do estudo fase 3 concluiu que o imunizante é capaz de proteger contra casos graves da doença.

Os resultados de eficácia são baseados na análise de dados de 30.420 voluntários nos Estados unidos. Destes, 15.210 receberam a vacina e a outra metade, o placebo. A vacina foi administrada em duas doses, no intervalo de 28 dias entre elas.

A eficácia foi determinada pelo número de casos de Covid-19 registrados entre os voluntários 14 dias após a aplicação da segunda dose. No período analisado, foram confirmados 196 casos de Covid-19 entre os participantes: 11 entre aqueles que receberam a vacina e 185 entre os voluntários que receberam o placebo. Dos 30 casos graves da doença, um resultou em morte. Todos estes casos ocorreram no grupo placebo.

A vacina foi considerada segura, com efeitos colaterais passageiros. A incidência de eventos adversos graves foi baixa e semelhante nos grupos da vacina e do placebo. Esses dados haviam sido revelados pela farmacêutica há algumas semanas, mas só agora foram publicados em um periódico científico e revisados por outros especialistas.

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É a terceira vez que um laboratório publica dados referentes aos resultados dos estudos fase 3 de uma vacina contra a Covid-19 em uma revista científica. No início do mês, foram publicados os dados referentes à fase 3 de estudos da vacina da parceria Oxford-AstraZeneca na revista The Lancet e, em seguida, do imunizante da Pfizer-BioNTech, na New England.

A Moderna foi a primeira empresa a iniciar os testes clínicos de uma vacina contra a Covid-19 em humanos, em março. Essa rapidez só foi possível porque, além dos esforços tremendos, os pesquisadores tinham experiência com a elaboração de vacinas para Sars e Mers, também da espécie coronavírus, só que mais letais e menos contagiantes, durante suas respectivas epidemias em 2003 e 2012 — seus produtos, contudo, nunca chegaram ao mercado em decorrência de um descompasso peculiar. Quando ficaram prontos, os surtos já haviam sido contidos e os investimentos necessários para dar continuidade ao trabalho foram suspensos.

Cenário bem diferente do atual. em um momento em que o mundo enfrenta uma nova explosão do número de casos de Covid-19, as vacinas são mais necessárias do que nunca. O uso emergencial da vacina da Moderna foi aprovado nos Estados Unidos em 18 de dezembro e já começou a ser aplicada na população. Ainda não há data para o início da vacinação no país, nem previsão de acordo com a Moderna. Embora a vacina esteja entre as opções do acordo Covax Facility, do qual o Brasil é signatário.

Nesta quarta-feira, 30, o Brasil registrou uma média móvel de 36240,4 novos casos e 665 mortes pela Covid-19.

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