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Temporada de resfriados: crescem as internações infantis por vírus que causa bronquiolite

Dados epidemiológicos também acendem alerta para a importância da vacinação contra a gripe

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 Maio 2025, 11h26 - Publicado em 1 Maio 2025, 10h22

O último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira, 30, revela um crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, além do crescimento das hospitalizações infantis. De acordo com o levantamento, esse aumento é causado principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador de bronquiolite nos pequenos. 

Os dados chamam atenção: entre todos os casos positivos para alguma infecção respiratória, 57% são causados por VSR. Já entre os casos de SRAG, cerca de 4 em cada 10 pacientes estão infectados pelo vírus da bronquiolite. 

Esse não é um dado especialmente surpreendente para o período. O VSR costuma começar a circular entre março e maio e segue em alta até o final do inverno. Mas isso não significa que não é preciso tomar cuidado. A infecção é uma dos principais causadoras de síndromes respiratórias na infância – estima-se que, até os 2 anos de idade, a quase totalidade das crianças serão atingidas por esse patógeno, responsável por mais de 60% das bronquiolites e por cerca de 40% das pneumonias pediátricas.

Como se proteger contra o VSR?

Evitar novas infecções é difícil, mas adotar hábitos de prevenção é importante porque quanto mais tarde a criança entra em contato com o vírus, melhor é a resposta do corpo contra a infecção. As melhores estratégias para tentar conter a circulação são as tradicionais medidas de proteção contra gripes e resfriados nesse período do ano:

  • evitar aglomerações e locais fechados;
  • fazer a higiene das mãos;
  • manter os ambientes ventilados;
  • levar os bebês ao médico em caso de sintomas como coriza, febre e espirros;
  • não levar crianças resfriadas para a escola.
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A partir deste ano o país também conta com estratégias mais eficientes para tentar proteger os mais novinhos. Desde fevereiro, o SUS passou a disponibilizar o anticorpo monoclonal nirsevimabe, indicado para proteger bebês prematuros e crianças de até 2 anos nascidas com comorbidades, e a vacina recombinante contra os vírus sinciciais respiratórios A e B, dada em gestantes para proteger os bebês nos primeiros meses de vida. 

As duas estratégias têm mostrado grande eficiência no combate ao vírus nos primeiros meses de vida, quando as crianças estão mais vulneráveis ao agravamento da doença. 

A gripe está em alta?

Apesar do VSR ser o mais preocupante, outros vírus também circulam bastante nesse período do ano. “O rinovírus também tem contribuído para o aumento de SRAG entre crianças e adolescentes de dois a 14 anos, embora já haja sinais de desaceleração desse crescimento. Já as hospitalizações por influenza A, que atingem principalmente a população de jovens, adultos e idosos, têm crescido em muitos estados do país, atingindo níveis de incidência moderada a alta nos idosos no Amazonas, Mato Grosso do Sul e Pará”, diz a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa do Processamento Científico da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, em comunicado. 

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Os números preocupam: embora a Influenza A corresponda a apenas 11,2% dos casos de SRAG, ela é a responsável por quase metade dos óbitos por vírus respiratórios no país. 

Quem pode tomar a vacina da gripe?

A melhor maneira de se proteger é a vacinação, disponível para:

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  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade.
  • Profissionais de saúde;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Professores do ensino básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Quilombolas;
  • Idosos com 60 anos ou mais de idade;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso;
  • Trabalhadores portuários;
  • População privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e jovens que cumprem medidas socioeducativas.
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