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Tem criança em casa? Veja nova recomendação de pediatras para a vitamina D

Sociedade Brasileira de Pediatria indica suplementação preventiva para população de 0 a 18 anos; veja as dosagens recomendadas

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 fev 2025, 18h20 - Publicado em 10 fev 2025, 16h58

Brincar na rua e fazer atividades ao ar livre são práticas que já não fazem parte do dia a dia de crianças e adolescentes ao redor do mundo desde a incorporação de videogames e celulares à rotina. Assim, a exposição ao sol, fundamental para que o organismo produza vitamina D, ficou cada vez mais escassa, prejudicando a oferta deste hormônio relacionado à absorção de cálcio e à formação óssea. Seguindo os passos da Endocrine Society, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) agora indica a suplementação com a substância para toda a população de 0 a 18 anos e também para gestantes durante o pré-natal.

Desde o meio do ano passado, a entidade que representa endocrinologistas de todo o mundo passou a recomendar a vitamina D apenas para grupos que seriam beneficiados pelo hormônio, como crianças, adolescentes, grávidas, idosos com mais de 75 anos e pessoas com pré-diabetes

Cada um passaria a ter uma dosagem recomendada, que poderia ser alcançada por meio de alimentos fortificados, formulações vitamínicas ou suplementos. Adultos saudáveis não precisam tomar vitamina D, segundo a diretriz.

No caso das crianças e adolescentes, a dosagem deve ser de 1.200 unidades internacionais (UI) ou 30 microgramas por dia. A cartilha da SBP, lançada em novembro do ano passado e que atualiza um documento de 2016, inclui a posologia para crianças com menos de 1 ano (400 UI/dia) e para aquelas com dieta estritamente vegetariana, obesidade, hepatopatia, nefropatia crônica, doença celíaca, fibrose cística e que fazem uso de anticonvulsivantes corticoides, cuja indicação é de 1.200 a 1.800 UI por dia, dependendo da condição.

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“A vitamina D é responsável por diversas funções do organismo, como regulação celular e imunidade, mas, principalmente da incorporação do cálcio aos ossos, o que traz mais importância na pediatria por causa do crescimento do primeiro ano de vida até a adolescência”, explica o infectologista e pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Kfouri diz que não é necessário submeter crianças e adolescentes a exames para verificar os níveis de vitamina D nessa população. “Os exames não retratam, muitas vezes, os níveis adequados para crianças e adolescentes. A recomendação é de fazer prevenção, o uso profilático.”

Deficiência de vitamina D

Segundo a SBP, estima-se que a deficiência de vitamina D atinja 1 bilhão de pessoas no mundo e, no Brasil, a condição não afeta apenas idosos, mas crianças e adolescentes.

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A indicação de suplementação considera também o fato de que a exposição ao sol tem seus riscos. “A exposição solar deve ser equilibrada com os riscos de fotoenvelhecimento e câncer de pele, não existindo um nível seguro de exposição que possa ser recomendado. Dessa forma, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não indicam a exposição solar sem proteção para esse fim”, diz o documento.

Mesmo com a recomendação, é importante levar os filhos ao pediatra e receber a prescrição de vitamina D. “Tomar vitamina D sem orientação pode levar a riscos graves, como intoxicação por excesso, causando hipercalcemia, calcificação de órgãos e problemas renais”, alerta Juliana Alves, pediatra e neonatologista especializada em Pediatria Integrativa e Funcional.

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