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Tamiflu não é o ‘bicho-papão’ das crianças

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h39 - Publicado em 19 ago 2009, 11h55

Os pais não devem ficar receosos caso o médico consultado recomende o uso de Tamiflu para seus filhos, garantem especialistas ouvidos por VEJA.com. “Reações ao remédio, como náuseas, vômitos e efeitos neurológicos, caso de confusão mental e alterações de conduta, são raras em crianças”, afirma Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein. “Alguns testes foram realizados para comparar esses efeitos em pacientes com influenza, com e sem tratamento pelo Tamiflu. Porém, não mostraram grandes diferenças”, complementa.

A preocupação dos pais foi despertada nesta semana pela aparição em publicações científicas de três estudos que lançaram dúvidas sobre a recomendação do Tamiflu (oseltamivir) e Relenza (zanamivir) para crianças com suspeita de gripe A. Segundo a pesquisa publicada no British Medical Journal (BMJ), testes realizados com os antigripais demonstraram que eles podem trazer mais efeitos nocivos do que benéficos aos pequenos. Outros dois estudos publicados na revista cientifica Eurosurveillance mostraram que mais da metade das crianças com idades entre 11 e 12 anos que tomaram Tamiflu sofreu efeitos colaterais – como náusea, dores, insônia e pesadelos.

O artigo do British Medical Journal compilou estudos a respeito desses medicamentos para tratamento e prevenção da influenza sazonal e analisou os dados obtidos. “Até o momento, não há nenhum estudo confiável com resultados tão imediatos”, diz Eitan Berezin, presidente do departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e professor de infectologia pediátrica da Santa Casa de São Paulo. Segundo ele, a pesquisa pretendeu destacar os efeitos colaterais em menores de 12 anos.

Para os médicos, deve-se levar em conta a partir dos estudos o fato de que tomar Tamiflu pode reduzir em até 24 horas a duração dos sintomas da gripe em uma criança. Além disso, o remédio pode cortar as chances de crises de asma e infecções no ouvido. Por fim, metade das crianças que tomam o remédio pode ter efeitos colaterais.

Pasternak lembra: “A imensa maioria dos casos da pandemia atual, causada pelo vírus H1N1, não precisa do remédio específico antiviral e é tratável com repouso”. A situação muda quando a criança é muito pequena, com menos de um ano, ou sofre de doenças respiratórias ou que afetam o sistema imunológico, como o câncer. “Nesses casos, todas as crianças precisam tomar o remédio”, diz Berezin.

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