Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

SUS realiza primeira cirurgia para reverter diabetes tipo 2

A intervenção foi realizada no Hospital Regional da Asa Norte, no Distrito Federal, em uma paciente que não respondia ao tratamento clínico contra a doença

Por Redação
26 jun 2019, 15h50

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran), no Distrito Federal, realizou, na terça-feira, a primeira cirurgia para reverter o diabetes tipo 2 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo informações da Agência Saúde, a intervenção foi realizada em uma paciente que não respondia ao tratamento clínico contra a doença e corria o risco de ficar cega.

“Estamos sendo inovadores em Brasília. A cirurgia é efetiva para o diabetes, e muito segura. Com isso, podemos evitar mortes, sequelas, infarto e diminuir o custo dos medicamentos que esses pacientes usam a vida toda. Pelo Ministério da Saúde, são gastos em torno de R$ 1 bilhão somente com medicamentos”, informou o cirurgião Renato Teixeira, responsável pela operação e coordenador do Serviço de Cirurgia do Diabetes do Distrito Federal.

Cirurgia

A cirurgia, considerada minimamente invasiva, consiste em cortar o estômago em duas partes e o intestino em forma de Y. Em seguida, uma dessas partes é ligada ao estômago. Isso faz com que o alimento chegue mais rápido ao final do intestino.

A intervenção beneficia o paciente com diabetes tipo 2, pois acelera a produção da incretina, substância que atua no pâncreas e o faz produzir insulina mais rápido, reduzindo, desta forma, os níveis de glicose no sangue.

Desde 2017 o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a cirurgia metabólica, também conhecida como cirurgia bariátrica ou de redução de estômago, para o tratamento do diabetes tipo 2. De acordo com a Resolução nº 2.172/2017, são elegíveis à intervenção pacientes com índice de massa corpórea (IMC) entre 30 kg/m2 e 34,9 kg/m2 (o que inclui pessoas com sobrepeso e obesidade grau I), que não tenham conseguido controlar a doença com medicamentos.

Continua após a publicidade

Além do IMC e do tratamento prévio, os pacientes poderão ser elegíveis ao procedimento se apresentarem: idade mínima de 30 anos e máxima de 70 anos; diagnóstico definido de diabetes tipo 2 a pelo menos de 10 anos e não possuir contraindicações para o procedimento cirúrgico.

Até a publicação dessa resolução, o procedimento era realizado no país apenas em caráter experimental ou em pacientes com IMC mínimo de 35 (o que configura obesidade moderada) e doenças associadas. A mudança definida pelo CFM segue padrões já adotados em outros países da Europa e nos Estados Unidos e tem como objetivo o controle do diabetes.

O objetivo do serviço de cirurgia do diabetes é oferecer uma opção segura e efetiva ao paciente com o tipo 2 da doença, não obeso grave, antes que venha a falecer ou ter sequelas com a falta de efetividade do tratamento clínico. As complicações associadas à doença incluem cegueira, infarto, insuficiência renal, entre outras.

Continua após a publicidade

Diversos estudos já mostraram que a cirurgia metabólica é segura e eficaz no tratamento do diabetes, com resultados positivos de curto, médio e longo prazos. Alguns benefícios da intervenção, além do controle da doença, são a redução do risco cardiovascular e perda de peso significativa e sustentada a longo prazo.

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 ocorre quando o organismo de uma pessoa torna-se resistente à insulina, o hormônio que controla os níveis de glicose no sangue. O excesso de peso é um fator de risco importante para a doença. Em geral, a doença é controlada por meio da aplicação de injeções de insulina e de outros medicamentos. Mas, nos últimos anos, diversas linhas de pesquisa têm analisado o papel da cirurgia bariátrica ou metabólica, popularmente conhecida como redução de estômago, para o controle eficaz da doença em longo prazo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de adultos com diabetes tipo 2 quadruplicou nas últimas quatro décadas, passando de 108 milhões de pessoas em 1980 para 422 milhões atualmente. No Brasil, a porcentagem de pessoas com a doença passou de 5% para 8,1% no mesmo período. Em 2014, foram 71.700 mortes causadas no país pela doença.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.