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SUS começa a oferecer teste que prevê risco de câncer do colo do útero

Exame identifica a presença do vírus HPV antes que ele cause alterações nas células, aumentando as chances de tratamento precoce

Por Victória Ribeiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 ago 2025, 14h30

O Ministério da Saúde deu início, nesta sexta-feira, 15, à implementação do teste molecular de DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é prevenir casos de câncer do colo do útero, já que o exame permite identificar a presença do papilomavírus humano (HPV) antes mesmo do surgimento das lesões que podem evoluir para tumores malignos, ampliando as chances de acompanhamento precoce e cura.

Inicialmente, o teste será oferecido em 12 estados e no Distrito Federal, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Goiás, Rondônia e Rio Grande do Sul. A estimativa é que, em cinco anos, cerca de 5,6 milhões de pessoas sejam beneficiadas com o novo exame, que vale para mulheres cisgênero entre 25 e 64 anos, além de homens transgênero, pessoas não binárias e pessoas intersexo que tenham útero.

O exame é baseado na biologia molecular — uma técnica que analisa o material genético do vírus diretamente nas células coletadas — e consegue identificar até 14 tipos de HPV de alto risco, responsáveis pela maior parte dos casos de câncer do colo do útero. Produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, ligado à Fiocruz, o novo teste deve substituir, aos poucos, o tradicional Papanicolau, que detecta lesões já formadas.

“Com o Papanicolau, o exame precisa ser repetido a cada três anos. Com essa nova tecnologia, o intervalo passa a ser de cinco anos. Além disso, elimina a necessidade de nova coleta quando o resultado é inconclusivo — a mesma amostra já serve para todos os exames necessários, acelerando o encaminhamento ao tratamento”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Para ter acesso ao teste, é necessário agendar uma consulta ginecológica nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A seleção priorizará pessoas que ainda não foram vacinadas contra o HPV, identificadas por meio do cruzamento de dados do sistema de saúde. A meta do ministério é que, até o fim de 2026, o exame esteja disponível em todo o território nacional, beneficiando cerca de 7 milhões de pessoas por ano.

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Vacina segue sendo principal meio de prevenção

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado por alguns tipos de HPV, um vírus sexualmente transmissível e que não costuma apresentar sintomas nos estágios iniciais – o que o torna um ‘inimigo silencioso’. No Brasil, a estimativa é de 17 mil casos por ano, com cerca de 7 mil mortes. É considerado o terceiro tipo de câncer mais frequente entre pessoas com útero no País, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Vale lembrar que a melhor forma de prevenir o câncer cervical é evitar a infecção pelo HPV — e isso se faz com vacina. O SUS oferece a vacina quadrivalente gratuitamente para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, além de públicos específicos como pessoas imunossuprimidas, vítimas de violência sexual e pacientes oncológicos. Ela protege contra os tipos mais perigosos do vírus (6, 11, 16 e 18). Já na rede privada, há versões mais amplas da vacina, como a nonavalente, disponível desde o ano passado.

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