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SP divulga calendário de vacinação da dose de reforço

Aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 no estado começa por idosos a partir de 60 anos e imunossuprimidos a partir de 18 anos

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 set 2021, 20h48 - Publicado em 1 set 2021, 13h53

O estado de São Paulo divulgou nesta quarta-feira, 1º de setembro, o calendário de vacinação da dose de reforço para idosos e imunossuprimidos. “A partir da próxima segunda-feira, dia 6 de setembro, o estado de São Paulo inicia a aplicação de uma dose adicional da vacina para pessoas acima de 60 anos e também para todos os imunossuprimidos maiores de 18 anos de idade”, disse o governador, João Doria, em coletiva de imprensa. Esse grupo é composto por 7,2 milhões de pessoas.

Poderão receber a dose extra na primeira fase da campanha, que vai de 6 de setembro a 10 de outubro, idosos a partir de 60 anos de idade que completaram o esquema de imunização com a segunda dose há mais de seis meses, portanto, em fevereiro e março. Para os imunossuprimidos, a idade mínima para estar apto a receber a terceira dose é de 18 anos e o prazo é de, no mínimo, 28 dias após a conclusão do esquema vacinal com duas doses ou a vacina dose única. Esse grupo é composto por pessoas que foram submetidas a transplantes, pacientes em hemodiálise, quimioterapia, Aids, entre outras condições que causam um alto grau de imunossupressão.

LEIA TAMBÉM: Pegar Covid-19 depois da vacina não significa que o imunizante falhou

Como na campanha de vacinação em massa, a administração da dose de reforço terá início pelas faixas etárias mais avançadas e irá diminuir gradativamente. Entre 6 e 12 de setembro, a vacinação estará liberada para idosos a partir de 90 anos. Em seguida, de 13 a 19 de setembro, é a vez daqueles de 85 a 89 anos de idade. De 20 a 26 de setembro, os de 80 a 84 anos e tem início a vacinação dos imunossuprimidos. Entre 27 de setembro e 3 de outubro, idosos de 70 a 79 anos que se incluem nos critérios acima poderão receber a dose de reforço e, por fim, aqueles de 60 a 69 anos entre 4 e 10 de outubro.

Os grupos incluídos na campanha de vacinação da dose de reforço no estado de São Paulo diferem daqueles definidos pelo Ministério da Saúde. Segundo orientações da pasta, inicialmente, apenas idosos com mais de 70 anos e pessoas com imunossupressão deverão receber a dose extra neste momento. A data de início da aplicação da dose de reforço definida pelo Plano Nacional de Imunização também é diferente: apenas a partir da segunda quinzena de setembro.

Nova etapa do estudo em Serrana

Os idosos de Serrana, cidade no interior de São Paulo palco do estudo de efetividade da CoronaVac, receberão uma terceira dose da vacina contra Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan. Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, as 5.000 doses necessárias para aplicar a dose de reforço nessa população serão doadas pelo instituto e a aplicação será realizada em até três semanas. “Serrana é um verdadeiro laboratório epidemiológico. Isso vai permitir o acompanhamento em relação a essa possível ameaça apresentada pela variante delta. Nos preocupa, sem dúvida nenhuma, mas estamos tomando a medida para que o estudo inclusive responda em relação a essa variante”, disse Covas, em coletiva.

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A CoronaVac não foi incluída pelo Ministério da Saúde como uma das opções para administração da terceira dose. De acordo com a pasta, o imunizante de preferência para essa estratégia vacinal deve ser o da Pfizer-BioNTech. Entre os motivos citados para a escolha estão o fato de já terem estudos mostrando a eficácia e segurança de esquemas heterólogos de vacinação – aqueles que usam vacinas de plataformas diferente, e a grande quantidade de doses adquiridas pelo governo brasileiro. O contrato fechado com a Pfizer é o maior até o momento. Até o final do ano, a farmacêutica irá fornecer ao Brasil 200 milhões de doses. Na indisponibilidade desta vacina, também poderão ser usados os imunizantes de Oxford-AstraZeneca e da Janssen.

Novamente, o governador João Doria criticou a postura do governo federal de não incluir a CoronaVac como opção para administração da terceira dose. Os infectologistas Marco Aurelio Sáfadi e Sérgio Cimerman foram convidados pelo governador para defender a importância de incluir o imunizante nessa estratégia.

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