SBEM alerta sobre práticas ilegais com hormônios para fins estéticos
Entidade médica não reconhece e condena a "hormonologia", tratamento sem respaldo científico e oferecido por profissionais não especializados
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) divulgou um comunicado nesta terça-feira 26, para manifestar apoio à posição da Associação Médica Brasileira (AMB) sobre a “hormonologia”, práticas sem embasamento científico, em que são usados hormônios para fins estéticos.
“Temos acompanhado com preocupação o uso indiscriminado e crescente de hormônios para objetivos estéticos, de desempenho, emagrecimento, anabolismo e antienvelhecimento, sem embasamento ético e científico, sendo tal conduta acompanhada de riscos bem descritos na literatura, como supressão gonadal, infertilidade, ginecomastia, acne, calvície, hepatotoxicidade, perturbações psiquiátricas (comportamento agressivo e suicida, depressão, risco de crimes aumentado), dependência, abscessos cutâneos e musculares e lesões ortopédicas e cardiovasculares”, escreveu a entidade.
Sem respaldo científico
A SBEM também afirma que o termo “hormonologia” não é reconhecido pela sociedade, e tampouco utilizado pelos médicos endocrinologistas, especialistas indicados para o tratamento hormonal. “Nos preocupamos com a promoção do uso indevido de hormônios em diferentes mídias e ambientes médicos em busca legitimar práticas que carecem de respaldo científico e, muitas vezes, exercidas por profissionais não especializados na manipulação de hormônios”
Por fim, a entidade faz um apelo para que informações sobre a “hormonologia”, não sejam disseminadas ou divulgadas, já que essas práticas podem causar sérios danos à saúde das pessoas. “A SBEM continuará empenhada em combater práticas prejudiciais e a desinformação relacionadas aos distúrbios hormonais”, finalizou.