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Sarampo volta a circular nas Américas e Brasil confirma 37 casos importados

Sete estados registraram casos, com concentração no Tocantins; vacinação segue sendo a principal forma de se proteger contra o vírus, que é altamente contagioso

Por Victória Ribeiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 nov 2025, 13h00

Desde a última segunda-feira, 10, o continente americano deixou de ser considerado uma região livre da transmissão endêmica do sarampo. A notícia foi anunciada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) após o Canadá não conseguir interromper a circulação do vírus ao longo do último ano. No Brasil, embora a eliminação da transmissão endêmica esteja mantida, a doença voltou a aparecer. Entre janeiro e novembro, 37 casos foram confirmados em sete estados, todos classificados como importados ou relacionados à importação.

Segundo o Ministério da Saúde, as confirmações ocorreram em Tocantins (25), Mato Grosso (6), Rio de Janeiro (2), Distrito Federal (1), Maranhão (1), Rio Grande do Sul (1) e São Paulo (1). Em todos os episódios, as equipes de vigilância conseguiram interromper a transmissão com rastreamento de contatos e reforço da vacinação.

Os primeiros casos do ano foram registrados em março, no Rio de Janeiro, quando duas crianças da mesma família, em São João de Meriti, testaram positivo. Situações semelhantes ocorreram no Rio Grande do Sul, em São Paulo e no Distrito Federal.

O maior foco foi registrado em Campos Lindos, no Tocantins. Quatro moradores que voltaram da Bolívia já infectados transmitiram o vírus para outras 25 pessoas, a maioria pertencente a uma comunidade com baixa adesão vacinal. O caso identificado em Carolina, Maranhão, teve vínculo com esse grupo.

Ações nas fronteiras e alerta para a COP-30

Com países vizinhos enfrentando aumento de casos, o governo intensificou a vacinação em estados que fazem fronteira com Bolívia, Uruguai e Argentina. O Brasil ainda doou mais de 640 mil doses ao governo boliviano.

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O cenário continental preocupa, já que são 12.596 casos foram confirmados nas Américas em 2025, com 28 mortes — a maioria no México. O alto fluxo internacional previsto para a COP-30, no Pará, também motivou reforço da vacinação na região, onde 351 mil doses já foram aplicadas neste ano. “O Ministério da Saúde tem garantido o abastecimento de imunizantes em todos os estados e reforçado a vigilância para evitar a reintrodução do vírus no País”, afirmou o ministro Alexandre Padilha, em nota.

Vacinação é principal forma de proteção

Em 2024, o Brasil havia alcançado 95,8% de adesão à primeira dose da tríplice viral e 80,4% à segunda. Em 2025, os índices recuaram para 91,5% e 75,5%, respectivamente. A vacina, disponível nas Unidades Básicas de Saúde para pessoas de 12 meses a 59 anos, continua sendo a principal forma de prevenção.

O sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa, capaz de causar complicações graves e até morte. O vírus se instala inicialmente na mucosa do nariz e da garganta e, em seguida, se espalha pelo corpo por meio da corrente sanguínea. O Ministério da Saúde alerta que transmissibilidade é tão alta que uma pessoa infectada pode contaminar até 90% das pessoas não vacinadas ao seu redor. O contágio ocorre desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento das manchas vermelhas na pele. Após a exposição, os sintomas costumam surgir entre 7 e 18 dias.

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Os sinais iniciais incluem:

  • Febre, geralmente alta, acompanhada de tosse
  • Irritação nos olhos
  • Coriza ou nariz entupido
  • Falta de apetite
  • Mal-estar intenso

Um dos primeiros achados característicos são pequenas manchas brancas na parte interna das bochechas. De três a cinco dias depois, surgem as manchas vermelhas, primeiro no rosto e atrás das orelhas, depois pelo restante do corpo. Se a febre persistir após o aparecimento das manchas, é um sinal de alerta para gravidade, especialmente em crianças menores de cinco anos.

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As complicações variam conforme a faixa etária. Em crianças, podem incluir pneumonia, infecções de ouvido, encefalite e risco de morte. Em adultos, a forma mais comum é a pneumonia, enquanto gestantes têm risco aumentado de parto prematuro e bebês com baixo peso ao nascer.

Não existe tratamento específico para o sarampo. O manejo é feito com suporte clínico, que envolve medicamentos para alívio dos sintomas, hidratação, alimentação adequada e cuidados com olhos, pele e vias aéreas. Em casos de infecções bacterianas secundárias, como pneumonia, antibióticos podem ser necessários — sempre sob orientação médica.

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