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Saiba qual o exame simples que pode detectar Parkinson de forma precoce

Pesquisadores alemães desenvolveram método para descobrir a doença nas fezes

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 mar 2023, 15h23

Existem duas formas de doença de Parkinson. Em 70% dos casos, origina-se no sistema nervoso central e, em cerca de 30%, tem origem no chamado “sistema nervoso entérico”, que serve o trato gastrointestinal. A última forma, referida como “doença de Parkinson do corpo primeiro”, pode ser descoberta por meio da concentração de depósitos de agregados da proteína α-sinucleína do próprio corpo que são formados nos neurônios do intestino. Por isso, a novidade é que agora, esse indicador pode ser detectado por meio de amostra de fezes do paciente, o que leva a um diagnóstico precoce da doença.

Para conseguir isso, os pesquisadores da Heinrich Heine University Düsseldorf (HHU), na Alemanha, usaram uma nova análise de distribuição de intensidade de fluorescência baseada em superfície (sFIDA), que detecta e quantifica as partículas individuais de agregados de α-sinucleína que se espalham para o sistema nervoso central. “Somos os primeiros a provar a presença de agregados de α-sinucleína em amostras de fezes. Nossos resultados mostram um nível significativamente maior em pacientes com iRBD em comparação com indivíduos saudáveis”, disse o professor Erdem Gültekin Tamgüney, principal autor do estudo publicada na revista científica Parkinson’s Disease, do grupo Nature.

iBRD é o chamado distúrbio comportamental do sono REM isolado, que causa movimentos complexos durante uma fase específica do sono – sono REM – à medida em que o paciente experimenta sonhos vívidos e perturbadores. Esses movimentos podem colocar em risco o próprio paciente ou outras pessoas, além de ser uma forma preliminar de doença de Parkinson (DP).

Já a influência no cérebro é chamada de “eixo intestino-cérebro”, quando o trato gastrointestinal é exposto ao meio ambiente e possibilita que substâncias nocivas, como produtos químicos, bactérias ou vírus ingeridos diretamente por alimentos ou por meio de interação com o microbioma, possam desencadear a formação patológica de agregados de α-sinucleína. Em estudos anteriores, o grupo de trabalho liderado pelo professor Tamgüney já provou que as infecções gastrointestinais estão associadas a um risco aumentado de DP.

“Essas descobertas podem levar a uma ferramenta de diagnóstico não invasiva para essas doenças – incluindo Parkinson – que, por sua vez, pode permitir que as terapias sejam iniciadas em um estágio inicial, antes que os sintomas ocorram”, completou o pesquisador, que desenvolveu esse método em colaboração com o Departamento de Neurologia do University Hospital Cologne, o Institute of Biological Information Processing – Structural Biochemistry (IBI-7) no Jülich Research Center (FZJ) e a empresa attyloid GmbH. No entanto, são necessárias mais pesquisas para que o processo possa chegar à prática clínica.

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