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RJ registra primeira morte por febre oropouche; entenda doença

Vítima era homem de 64 anos morador de Cachoeiras de Macacu, na região metropolitana do estado; Brasil soma 10.076 casos da doença

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 Maio 2025, 13h18 - Publicado em 16 Maio 2025, 13h17

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou a primeira morte por febre oropouche, infecção causada pela picada do maruim ou mosquito-pólvora, nesta sexta-feira, 16.  A vítima foi um homem de 64 anos morador de Cachoeiras de Macacu, na região metropolitana do estado, que chegou a ser internado em fevereiro e morreu cerca de um mês depois. Até o último dia 13, o Brasil registrou 10.076 casos da doença.

Segundo a pasta, foi realizada uma investigação desde que houve o alerta de que o óbito poderia estar relacionado à febre oropouche. O município onde o paciente vivia tem 92 cachoeiras cadastradas e, de acordo com a gestão estadual, é “grande produtora de frutas como goiaba e banana, o que contribui para a existência e a criação do inseto maruim, popularmente conhecido como mosquito-pólvora e transmissor da doença”.

Amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que confirmaram a presença da infecção.

“A febre oropouche é nova no nosso estado e requer atenção redobrada. O maruim é bem pequeno e corriqueiro em locais silvestres e áreas de mata. Por isso, a recomendação é usar roupas que cubram a maior parte do corpo, passar repelente nas áreas expostas da pele, limpar terrenos e locais de criação de animais, recolher folhas e frutos que caem no solo, e instalar telas de malha fina em portas e janelas”, disse, em nota, o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do estado, Mário Sergio Ribeiro.

Oropouche no Rio de Janeiro e no Brasil

O balanço da secretaria aponta que o primeiro caso no estado foi registrado em fevereiro do ano passado, mas foi importado do Amazonas. Neste ano, os casos foram registrados principalmente nas cidades de Cachoeiras de Macacu, Macaé, Angra dos Reis e Guapimirim.

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No país, dos 10.076 casos registrados pelo Ministério da Saúde neste ano, 6.123 ocorreram no Espírito Santo e 1.900 foram no Rio de Janeiro. Os demais foram contabilizados em Minas Gerais (682), Paraíba (640), Ceará (573), Amapá (80), São Paulo (36), Paraná (10), Santa Catarina (9), Rondônia (7), Bahia (5), Tocantins (5), Pernambuco (2), Mato Grosso do Sul (1), Pará (1), Piauí (1), Roraima (1).

No ano passado, o Brasil somou 13.853 casos e as primeiras mortes pela doença na história mundial, além de casos em investigação de microcefalia e morte fetal.

Entenda a febre Oropouche

A febre Oropouche é causada pelo vírus OROV e é transmitido pelo Culicoides paraenses, mais conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Em regiões urbanas, o Culex quinquefasciatus, o pernilongo visto comumente nas residências, é um dos vetores.

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Detectado pela primeira vez em Trinidad e Tobago no ano de 1955, tem causado surtos esporádicos no Brasil, Equador, Guiana Francesa, Panamá e Peru. No Brasil, o vírus foi isolado pela primeira vez em 1960 por meio de uma amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Os sintomas da doença são febre de início súbito, dor de cabeça, rigidez articular e dores. Alguns pacientes manifestam fotofobia (intolerância visual à luz), náuseas e vômitos persistentes que podem durar de cinco a sete dias. Em casos mais graves, que são raros, pode ocorrer a evolução para meningite.

arte febre oropouche

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