
As pessoas que envelhecem e mantém músculos mais fortes têm menos chance de desenvolver Alzheimer, apontou um estudo do Centro da Doença de Alzheimer de Chicago (EUA).
A pesquisadora Patricia Boyle e sua equipe constataram que, quanto maior a força muscular do paciente, menor a probabilidade da doença ser diagnosticada ou do paciente vir a ter perda das funções mentais, que geralmente precede o Alzheimer.
“Estes resultados mostram a relação entre saúde física e cognição no envelhecimento e a importância da manutenção de exercícios”, disse Patricia.
O estudo foi feito com 970 homens e mulheres, de 54 a 100 anos, que tiveram medida a força de grupos musculares dos braços e das pernas. Ao longo de quatro anos, 138 pessoas desenvolveram Alzheimer, todas classificadas como as mais fracas do grupo.
Os pesquisadores observaram que nas pessoas que tinham 10% a mais de força muscular a probabilidade de ter a doença era 61% menor do que nos demais. Dentre os pacientes denominados mais fortes, o declínio das habilidades mentais também ocorria em um ritmo muito mais lento.
“A explicação mais provável para a relação entre a função mental e a força muscular é que alguma coisa acontece no corpo que influencia tanto a fraqueza muscular quanto a perda da capacidade mental”, explicou a pesquisadora.
Por isso, de acordo com ela, é importante se manter fisicamente ativo com o passar dos anos, e trabalhar para manter os músculos fortes. “Boa saúde física é importante para o bom funcionamento do cérebro”, enfatizou.