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Primeiro transplante parcial de coração do mundo é realizado nos EUA

Artérias e válvulas de um coração recém-doado foram fundidas no coração de um bebê com condição cardiológica que poderia ser fatal

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 set 2022, 17h26 - Publicado em 9 set 2022, 12h12

O bebê Owen Monroe foi submetido ao primeiro transplante parcial de coração do mundo a partir de uma técnica que fundiu artérias e válvulas vivas de um órgão recém-doado ao seu coração, segundo divulgação do hospital Duke Health, nos Estados Unidos. O objetivo do método é permitir que as válvulas se desenvolvam com o paciente, aumentando sua expectativa de vida.

O procedimento foi realizado em abril, quando Owen era um recém-nascido de cinco quilos. Ele nasceu com uma condição chamada truncus arteriosus, problema que causa a fusão das duas principais artérias do coração. O caso do bebê era ainda mais complexo, porque havia, neste único vaso, uma válvula com um vazamento. Dessa forma, não suportaria a espera pelo transplante de um órgão completo.

Crianças que têm essa condição costumam receber artérias de cadáveres com as válvulas preservadas. O problema é que os tecidos não crescem, acompanhando o desenvolvimento do receptor, o que faz com que os pacientes pediátricos tenham de passar por várias cirurgias de peito aberto para a substituição das válvulas, trazendo riscos à vida.

“Esta inovação não é apenas algo que pode prolongar a vida das crianças, mas faz uso de um coração doado que, de outra forma, não seria transplantável”, disse, em comunicado do hospital desta quinta-feira, 8, Michael Carboni, professor associado do Departamento de Pediatria na Faculdade de Medicina da Universidade Duke e cardiologista de transplante pediátrico de Owen.

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Isso porque o órgão doado apresentava o tecido muscular fraco, mas tinha válvulas fortes. A equipe espera que a técnica possa ser usada em procedimentos de substituição de válvulas em crianças para evitar múltiplas cirurgias cardiológicas. “Se pudermos eliminar a necessidade de várias cirurgias de coração aberto toda vez que uma criança supera uma válvula antiga, poderíamos prolongar a vida dessa criança por décadas ou mais”, afirmou Joseph Turek, chefe de cirurgia cardíaca pediátrica de Duke, que liderou o procedimento.

A família do bebê também está confiante. “Nossa maior esperança é que a história de sucesso dele mude a maneira como a doação e transplantes de órgãos são tratados não apenas para bebês com doenças cardíacas congênitas, mas para todos os pacientes”, afirmou Nick Monroe, pai de Owen.

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