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Postos de saúde terão salas de amamentação em apoio a mães que trabalham

Ação com projeto-piloto em cinco estados foi anunciada por Ministério da Saúde em celebração à Semana Mundial de Aleitamento Materno

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 jul 2023, 19h17

Às vésperas da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que se inicia nesta terça-feira, 1º, o Ministério da Saúde anunciou que Unidades Básicas de Saúde (UBSs) vão contar com salas de amamentação para auxiliar mães que trabalham e encontram dificuldade de tirar e guardar leite para alimentar seus bebês. A iniciativa está sendo implantada por meio de um projeto-piloto em postos de cinco estados e deve favorecer principalmente lactantes em empregos informais.

As salas estão sendo montadas em unidades de São Paulo, Distrito Federal, Pará, Paraíba e Paraná e foram anunciadas nesta segunda-feira, 31, no lançamento da campanha nacional de incentivo à amamentação com o tema “Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”.

“O aleitamento é comprovadamente responsável pela redução da mortalidade infantil em muitos países, assim como no Brasil”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Nem sempre amamentar é um ato simples. Então, estamos avançando nessa agenda que é de atenção especial às mulheres que trabalham e amamentam”, completou.

O projeto prevê que futuras UBSs já tenham as salas de amamentação em suas instalações quando seus quadros contarem com mais de quatro equipes de saúde. A ideia é fornecer um espaço adequado para que as mães possam retirar e armazenar o leite, pois há unidades próximas aos locais de trabalho e distribuídas em diferentes pontos nas cidades.

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A meta do ministério é atingir a taxa de 70% de aleitamento materno exclusivo para os bebês de até 6 meses até 2030. Dados de 2021 do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) apontam que o índice é de 45,8%. Mesmo assim, é considerado uma conquista, tendo em vista que era de 3% no ano de 1986.

Atualmente, as crianças brasileiras são amamentadas, em média, até 1 ano e 4 meses. Nos anos 1970, a média era de 2 meses e meio. A recomendação vigente é de que os bebês recebam aleitamento exclusivo até os 6 meses e que a amamentação complemente a alimentação até os 2 anos ou mais.

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que a amamentação é responsável pela redução de até 13% no risco de morte de crianças com menos de 5 anos no mundo por causas preveníveis. Isso porque reduz episódios de infecções e diarreias, principais causas de óbitos de recém-nascidos.

“Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças nessa faixa etária”, informou a pasta. Também traz benefícios para a saúde materna, diminuindo as chances de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário.

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