Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

Por que surgem novas ondas de Covid-19 em meio aos programas de vacinação

Europa enfrenta terceira onda e EUA correm o risco de entrar na quarta; motivos incluem novas variantes e ritmo lento na imunização

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 abr 2021, 18h34 - Publicado em 4 abr 2021, 18h31

A pandemia de coronavírus tem sofrido novas ondas no mundo todo. De acordo com o último boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS), globalmente, os novos casos de Covid-19 aumentaram pela quinta semana consecutiva. Foram pouco mais de 3,8 milhões de registros relatados apenas na última semana.

Já o número de mortes cresceu pela segunda semana consecutiva, com o total de mais de de 64.000 registros. Todas as regiões, exceto a Africana, relataram alta. A Europa e as Américas continuam sendo as mais afetadas, responsáveis ​​por quase 80% de todos os casos e óbitos confirmados no mundo.

Os Estados Unidos, país campeão no número de vacinas contra Covid-19 aplicadas – foram 150.273.292 até esta quarta-feira, 31 ,- estão no segundo lugar do ranking de nações com o maior número de casos notificados da doença na última semana (421 936 novos casos; aumento de 13% em relação à semana anterior). Autoridades locais de saúde temem que o país enfrente uma quarta onda da pandemia.

Esse cenário controverso, em meio a programas de vacinação contra doença, está associado a uma combinação de fatores. “O fato de a velocidade da vacinação estar mais lenta do que a velocidade de propagação das novas cepas, que são muito infectantes, é uma das causas mais importantes”,  diz Salmo Raskin, geneticista da Sociedade Brasileira de Genética Médica. Mas também inclui o relaxamento das medidas preventivas, como distanciamento social e uso de máscaras.

“A vacinação por si só não substitui as medidas de saúde pública e sociais”, alertou o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, em coletiva de imprensa. O próprio Reino Unido, que alcançou recentemente uma redução dramática no número de casos e mortes pela Covid-19 após um longo lockdown e um bom início de campanha de vacinação, enfrenta o risco de uma nova onda, caso a vacinação não seja mais rápida que o aumento da contaminação, ocasionado pelo relaxamento das restrições.

Continua após a publicidade

As ondas da Covid-19 são definidas por oscilações nos gráficos de novos casos e óbitos pela doença. Quando a pandemia está fora de controle, as linhas que correspondem a esses registros sobem. Quando há aumento das restrições de circulação de pessoas, com a adoção de medidas como lockdown, quarentena e toque de recolher, essas linhas caem e permanecem assim por um tempo, até que voltam a subir um período após seu relaxamento. A quantidade de ondas depende justamente da quantidade de grandes oscilações nesses gráficos. “No Brasil, estamos na segunda onda”, afirma Raskin.

O movimento de ondas é esperado, ao menos até que possamos acabar com a pandemia. A vacinação é fundamental para isso. Mas fica cada vez mais evidente que até 70% das pessoas forem vacinadas, a manutenção de medidas preventivas, como isolamento social, não aglomerar, higienização das mãos e uso de máscaras é fundamental para controlarmos essas ondas e evitar que novas ocorram.

Confira abaixo os números da vacinação no Brasil:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.