Saúde

Pneumonia de origem desconhecida mata três pessoas na Argentina

Ao todo, dez casos foram relatados na cidade de San Miguel de Tucumán e causas são investigadas

Por Paula Felix SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 2 set 2022, 19h30 - Publicado em 2 set 2022, 19h30

cancer-pulmao — Em todos os casos, os pacientes tiveram pneumonia bilateral, quando a infecção atinge os dois pulmões (Foto: Hemera/Thinkstock/VEJA)

O Ministério da Saúde da Argentina notificou dez casos de uma pneumonia bilateral de origem desconhecida na cidade de San Miguel de Tucumán. A doença causou a morte de três pessoas e o décimo caso foi confirmado nesta sexta-feira, 2. Amostras foram analisadas para verificar a relação com vírus, fungos e bactérias e os resultados não apontaram esses agentes como a causa. A pasta comunicou as ocorrências à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), e autoridades sanitárias investigam o surto, que atinge principalmente profissionais de saúde.

Segundo a Opas, os seis primeiros casos foram detectados em uma clínica particular e afetaram cinco profissionais de saúde e um paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “O início dos sintomas ocorreu entre 18 e 22 de agosto (com os pacientes) apresentando febre, mialgia, dor abdominal e dispneia”, informou a entidade em nota divulgada nesta quinta-feira, 1º. Em todos os casos, os pacientes tiveram pneumonia bilateral, quando a infecção atinge os dois pulmões.

Diante dos resultados, as amostras foram encaminhadas para a Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde (ANLIS, na sigla em espanhol) “Dr. Carlos Malbrán” para testes adicionais que estão em andamento, inclusive análises toxicológicas.

Ainda nesta quinta-feira, os casos de mais três profissionais de saúde que apresentaram sintomas entre os dias 20 e 23 de agosto foram relatados. “A investigação preliminar indica que os casos fatais apresentavam comorbidades”, informou a Opas. Pessoas que tiveram contato com os pacientes estão sendo monitoradas, mas, até o momento, ninguém apresentou sintomas.