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Pfizer-BioNTech: ainda não há necessidade de adaptar a vacina

Segundo Ugur Sahin, presidente-executivo da BioNTech e responsável pelo desenvolvimento do imunizante, a versão original é eficaz contra as variantes atuais

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 ago 2021, 16h24 - Publicado em 10 ago 2021, 15h44

A vacina contra Covid-19 desenvolvida pela parceria Pfizer-BioNTech ainda não precisa ser modificada, já que é eficaz contra as variantes atuais, incluindo a delta, identificada pela primeira vez na Índia. É o que afirmou Ugur Sahin, presidente-executivo da empresa alemã BioNTech, a jornalistas na segunda-feira 9. Sahin também foi o responsável pela criação do imunizante inovador, à base de mRNA.

“No momento, temos um bom entendimento de que a vacina de reforço com a cepa parental é completamente suficiente”, enfatizou Sahin, se referindo à indicação de uma terceira dose da versão atual do imunizante. Em diversas ocasiões, a Pfizer alertou para a necessidade da administração de uma dose de reforço para aumentar a proteção contra a variante delta, responsável pelos recentes surtos de coronavírus em Israel, países da Europa e nos Estados Unidos.

LEIA TAMBÉM: Por que as vacinas contra o coronavírus têm efeitos colaterais diferentes

A decisão de utilizar uma nova versão da vacina deve ser feita somente quando estiver constatado que a fórmula original não funciona mais ou oferece proteção abaixo da média, o que ainda não aconteceu. “Tomar uma decisão no momento pode acabar sendo errado em três ou seis meses se outra variante estiver dominando. Portanto, o momento da decisão deve ser apropriado. […] É bem possível que nos próximos seis a doze meses surjam novas variantes e isso exigiria uma adaptação da vacina, mas ainda não é o caso”, ressaltou Sahin.

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Terceira dose

Contrariando o apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS), países como França e Alemanha disseram que começarão a oferecer a dose extra do imunizante aos idosos e aos mais vulneráveis ​​a partir de setembro. Recentemente, a OMS solicitou que países desenvolvidos ajudem a ampliar a vacinação a nível mundial, antes de começar a administração de uma terceira dose em seus cidadãos. Para a organização, ainda não há evidências sobre a necessidade do reforço.

Entretanto, estudos indicam que a eficácia da vacina da Pfizer-BioNTech começa a diminuir seis meses após a aplicação da segunda dose. O esquema vacinal também parece ter sua proteção diminuída contra casos sintomáticos da variante delta. No entanto, estudos conduzidos pela Pfizer, cujos resultados ainda não foram publicados, indicam que a dose de reforço ajuda a aumentar a imunidade.

As empresas já enviaram cerca de um bilhão de doses da vacina contra Covid-19 para mais de 100 países ou territórios em todo o mundo, incluindo o Brasil. A previsão é atingir, ainda este ano, uma capacidade anual de produção de três bilhões de doses e, em 2022, ampliar ainda mas, para quatro bilhões de doses.

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