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Peixes oleosos, como o salmão, podem reduzir risco de câncer de mama

Pesquisadores chineses mostram que consumir de uma a duas porções de peixe toda semana reduz em 5% o risco de desenvolver a doença

Por Da Redação
5 jul 2013, 14h35

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Intake of fish and marine n-3 polyunsaturated fatty acids and risk of breast cancer: meta-analysis of data from 21 independent prospective cohort studies

Onde foi divulgada: periódico British Medical Journal

Quem fez: Ju-Sheng Zheng, Xiao-Jie Hu, Yi-Min Zhao, Jing Yang, Duo Li

Instituição: Universidade de Zhejiang e Centro de Nutrição e Segurança Alimentar, em Hangzhou, ambos na China

Dados de amostragem: 26 trabalhos realizados nos Estados Unidos, Europa e Ásia

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Resultado: Os pesquisadores mostraram que os ácidos graxos poli-insaturados provenientes de peixes oleosos podem auxiliar na prevenção do câncer de mama

Comer duas porções de atum, salmão ou sardinha por semana pode ajudar a reduzir as chances de uma mulher desenvolver câncer de mama. Essa é a conclusão de uma revisão de estudos publicada no periódico British Medical Journal (BMJ). A explicação deve-se ao fato de que esses peixes contêm gordura insaturada, que, ao contrário da gordura saturada, faz bem à saúde.

Saiba mais

GORDURA INSATURADA

Diferente das saturadas, ajuda a reduzir os triglicerídeos, um tipo de gordura que em alta concentração é prejudicial, e a pressão arterial. Pode ser monoinsaturada ou poli-insaturada. Essa última pode ser, por exemplo, Ômega 3 e 6, que são os chamados ácidos graxos essenciais e são as gorduras encontradas em peixes, linhaça, castanhas e azeite.

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“A gordura desses peixes, ao contrário de uma gordura animal qualquer, é benéfica”, explica o oncologista Ricardo Marques, do Centro de Oncologia do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. “Esse tipo de gordura poli-insaturada encontrada nos peixes marinhos substitui a gordura que leva a pessoa a engordar. Então, ao consumir peixes oleosos, é como se estivéssemos trocando uma gordura ruim por uma boa.”

O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade de Zhejiang, na China, analisou os resultados de 26 estudos feitos nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, envolvendo 883.585 participantes e 20.905 casos de câncer de mama. Após a análise, os cientistas concluíram que consumir de uma a duas porções de peixes oleosos (no Brasil, as opções mais comuns são atum, salmão ou sardinha) por semana leva a uma ingestão de gorduras poli-insaturadas marinhas que é suficiente para reduzir em 5% o risco de desenvolver a doença.

Os grupos que apresentaram as menores chances de desenvolver câncer de mama foram os de mulheres asiáticas. Segundo os autores do estudo, isso aconteceu porque nos países da Ásia o consumo de peixe é maior do que nos países ocidentais.

Perda de peso – Para Ricardo Marques, há duas razões que podem explicar por que a gordura insaturada dos peixes pode ajudar a evitar o câncer de mama. Uma está ligada ao fato de que esse tipo de gordura auxilia na perda de peso: “ao engordar, a mulher passa a produzir mais hormônios, e essa maior produção de hormônios aumenta sua chance de ter câncer. Logo, se a gordura encontrada nos peixes ajuda a não engordar, ela também diminui o risco de câncer”, esclarece. A outra está relacionada à melhora do sistema imune, o que também favorece a prevenção do câncer.

O câncer de mama foi responsável por 14% das mortes de mulheres por câncer no mundo inteiro durante o ano de 2008, segundo informações da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC, sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde. Para se prevenir da doença por meio da ingestão dos peixes oleosos, porém, é preciso fazer desse consumo um hábito. “O estudo simplesmente analisou pessoas que comeram esse tipo de peixe ao longo da vida. A prevenção só vai funcionar se a pessoa criar o hábito de comer as duas porções semanais de peixe”, afirma Marques.

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