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Parceria implementa inovação para tratar anemia pré-cirúrgica no SUS

Nova tecnologia, também ofertada na rede privada, permite gerenciar o tratamento dos pacientes, garantindo níveis adequados de ferro antes dos procedimentos

Por Ligia Moraes Atualizado em 26 jun 2024, 14h36 - Publicado em 19 jun 2024, 12h30

Uma parceria entre uma healthtech e uma empresa especializada em cuidados pré-cirúrgicos vai implementar um método inovador para ofertar o tratamento contra a anemia a pacientes que vão fazer cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir deste mês. A iniciativa, que também estará disponível gratuitamente na rede privada, visa a reduzir complicações cirúrgicas relacionadas ao problema, causado pela quantidade insuficiente de glóbulos vermelhos (hemácias) saudáveis no sangue, e deve beneficiar milhares de brasileiros submetidos a operações.

O projeto do Instituto Takaoka, realizado com o apoio da plataforma da Nilo utiliza a reposição de ferro no contexto do Gerenciamento do Sangue do Paciente (Patient Blood Management, PBM, em inglês), uma abordagem que otimiza o cuidado dos pacientes que necessitam de transfusões de sangue, algo que contribui não só para a redução significativa nas transfusões, mas para permitir menor tempo de internação e mortalidade.

Ao contrário do que ocorre em muitos hospitais brasileiros, onde a gestão da anemia pré-cirúrgica não é realizada de forma coordenada, o novo tratamento no SUS estabelece um processo estruturado e eficiente. A estratégia envolve um questionário e o pré-atendimento antes das cirurgias para identificar e tratar a anemia.

Como é feito o tratamento 

O tratamento consiste em administrar ferro a pacientes anêmicos antes de suas cirurgias. A deficiência de ferro pode aumentar significativamente o risco de complicações durante e após procedimentos cirúrgicos. Pacientes que se submetem a uma operação com carência do mineral têm uma chance maior de desenvolver complicações.

Corrigir a anemia pré-operatória não apenas melhora os resultados cirúrgicos e a recuperação dos pacientes. “Essa combinação torna o uso de recursos de saúde mais eficiente, reduzindo custos”, explica, em comunicado, Flavio Takaoka, presidente do Instituto Takaoka de Ensino e Inovação, parceiro tecnológico do projeto.

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Espera-se que o sucesso dessa iniciativa no SUS possa servir de modelo para outras instituições de saúde no Brasil e internacionalmente. “Esse projeto é um exemplo claro de como a inovação pode transformar a saúde, proporcionando um cuidado mais seguro e eficiente a todos”, destaca Daniel Christiano, diretor de estratégia de vendas da Nilo.

Anemia: um desafio persistente para a saúde pública

A anemia, condição na qual o sangue não possui quantidade suficiente de glóbulos vermelhos saudáveis, afeta aproximadamente 30% da população mundial, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a anemia ferropriva é a mais prevalente, impactando significativamente crianças, gestantes e mulheres em idade reprodutiva. Segundo o Ministério da Saúde, 20,9% das crianças de até 5 anos e 29,4% das mulheres brasileiras são afetadas por essa condição.

A anemia pode ser causada por deficiências nutricionais, alterações hereditárias, doenças que afetam a medula óssea ou perdas sanguíneas. Especificamente, a anemia ferropriva resulta de uma dieta pobre em ferro, gestação, práticas inadequadas no manejo do parto e condições sanitárias precárias.

Os sintomas variam de palidez e fadiga a batimentos cardíacos acelerados e dificuldades de aprendizagem em crianças. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais e o tratamento pode incluir suplementos ricos em ferro, vitamina B12 ou transfusões de sangue.

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