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Ozempic contra demência? Estudo indica que droga reduz risco de colapso cognitivo

Análise de universidade americana envolvendo pacientes com diabetes mostrou que pessoas em uso do remédio estavam mais protegidas do Alzheimer

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jun 2025, 10h49 - Publicado em 26 jun 2025, 10h48

Cientistas da Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos, constataram em um novo estudo que a semaglutida, remédio prescrito para o tratamento do diabetes e da obesidade, tende a minimizar o risco de demência entre pacientes com diabetes tipo 2. 

O grupo de pesquisa chegou a essa conclusão após analisar o prontuário eletrônico de mais de 1,5 milhão de pessoas com diagnóstico de diabetes em solo americano. Por meio de um método estatístico que simula um ensaio clínico, observou-se que aqueles que foram aconselhados pelos médicos a tomar medicamentos como o Ozempic apresentaram uma propensão significativamente menor de desenvolver Alzheimer ou outros quadros de demência ao longo do tempo, em comparação com quem utilizava outras drogas para o controle glicêmico.

O achado soma evidências ao potencial da classe dos análogos de GLP-1 – de Ozempic, Wegovy e Mounjaro – de ajudar a prevenir ou retardar o colapso dos neurônios que, com o envelhecimento, gera perda de memória, dificuldade de orientação e déficit de raciocínio. 

A demência, condição que abarca, entre outras doenças, o Alzheimer, está associada não só ao avançar da idade, mas também a diversos problemas de saúde crônicos, entre eles o diabetes. Ao domar a enfermidade por trás do aumento da glicose no sangue, os cientistas acreditam que remédios como a semaglutida ofereçam o efeito colateral positivo de minimizar as chances de enfrentar a destruição cognitiva.

Além disso, acredita-se que Ozempic e afins tenham uma ação extra no cérebro, mitigando a inflamação que corre em paralelo à doença de Alzheimer. Não à toa, estudos clínicos financiados pela fabricante Novo Nordisk estão em curso para verificar se a semaglutida poderia ser incorporada ao próprio tratamento do problema neurodegenerativo. Os resultados desses testes devem sair no fim deste ano.

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Calcula-se que ao redor de 2 milhões de brasileiros sofram com demência hoje – o Alzheimer corresponde a cerca de 70% dos casos -, e a projeção é de aumento da prevalência com o envelhecimento populacional. Se considerarmos que ao menos 10% dos adultos convivem com diabetes no país, temos um cenário preocupante pela frente.

O controle da glicemia e outros fatores de risco para a integridade cerebral, por meio de hábitos saudáveis e mesmo medicamentos, desponta, portanto, como uma tarefa prioritária para os indivíduos com os exames alterados e as políticas públicas nacionais.

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