Oxford: 5 mil brasileiros já receberam a vacina — e sem efeitos graves
Estudo chegou a ser suspenso há menos de um mês após sintomas adversos graves em voluntária no Reino Unido
Segue em ritmo acelerado os testes da chamada vacina de Oxford no Brasil. Até agora pelo menos 5.000 voluntários receberam doses do fármaco — ou medicamento placebo — e não apresentaram qualquer efeito adverso grave. De acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) os estudos avançam bem, sem intercorrências. O imunizante é desenvolvido pela farmacêutica Astazeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
Há menos de um mês, os testes da vacina no Brasil chegaram a ser suspensos por alguns dias por suspeita de que o fármaco teria causados efeitos adversos graves em uma voluntária no Reino Unido. Após análises de um comitê independente de segurança, foi indicado que as aplicações continuassem normalmente. O estudo foi retomado no dia 14 de setembro, quando havia 4.600 pessoas já vacinadas. Ou seja, em pouco mais de duas semanas, o incremento de novos voluntários vacinados foi de cerca de 10%.
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Atualmente, a vacina é testada em cinco estados brasileiros. São eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. Ao todo, são 10.000 voluntários fazendo parte dos esforços científicos no Brasil.
Na última quinta-feira, 1º, a Astrazeneca e a Universidade de Oxford enviaram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os documentos iniciais para que o registro da vacina seja realizado. Trata-se de um processo contínuo que pode acelerar a liberação do imunizante à população. Mas isso só ocorrerá, é importante dizer, quando os laboratórios conseguirem comprovar a segurança e eficácia do medicamento.
Dados da epidemia
Nesta sexta-feira, 2, o Brasil registrou 27.272,9 casos e 693 mortes em decorrência da Covid-19. Estes números dizem respeito à média móvel semanal de notificações realizadas pelas secretarias regionais junto ao Ministério da Saúde (veja a série completa no gráfico abaixo). O cálculo considera os dados dos últimos sete dias somados e divididos por sete. Deste modo é possível avaliar o avanço ou desaceleração da pandemia pois atenua-se os atrasos de notificações naturais ao final de semana.