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O que nos faz gostar de café? A ciência responde

Novo estudo investiga como fatores genéticos podem influenciar o consumo e o gosto pelo café, bem como seus impactos na saúde

Por Ligia Moraes 28 jun 2024, 08h00

O consumo de café é um hábito enraizado na rotina de milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas o que nos faz gostar tanto dessa bebida? Segundo um estudo recente, publicado na revista científica Neuropsychopharmacology, a resposta pode estar nos nossos genes.

Pesquisadores compararam as características no consumo de café de um banco de dados do 23andMe, empresa de genômica pessoal, com um conjunto ainda maior de registros no Reino Unido. A partir disso, analisaram dados de mais de 130 mil americanos e 334 mil britânicos para entender melhor essa relação.

Eles concluíram que a preferência por café pode ser, em parte, hereditária. Foram ainda descobertas regiões no nosso DNA que estão ligadas a uma maior ou menor propensão a ingeri-lo. 

Café e saúde

Os resultados mostraram que o consumo da bebida está mais relacionado a algumas condições de saúde, como obesidade e abuso de substâncias. Isso significa que certas variantes genéticas que nos fazem gostar de café também podem nos deixar mais suscetíveis a esses problemas.

Além disso, também foi constatada a ligação entre o consumo de café e condições psiquiátricas como ansiedade e depressão. Curiosamente, os resultados foram diferentes entre os dados dos americanos e dos britânicos. Enquanto nos EUA os genes ligados ao consumo de café estavam associados a um maior risco de ansiedade e depressão, no Reino Unido a ligação era oposta.

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Essas diferenças podem ser explicadas pelas variações culturais no consumo de café. Por exemplo, no Reino Unido, o café instantâneo é mais popular, enquanto nos EUA as pessoas preferem café moído. A forma como o café é servido também varia muito, desde simples cafés pretos até bebidas carregadas de açúcar.

Além disso, o ambiente social e as práticas de consumo podem variar, influenciando a relação entre genes e comportamento. Tudo isso pode ter um impacto significativo nos resultados da pesquisa,  influenciando não só a quantidade de cafeína consumida quanto os efeitos diferentes do café na saúde.  

Diante dos achados, os pesquisadores acreditam que é importante entender melhor como nossos genes e o ambiente interagem para influenciar o consumo de café e seus impactos no organismo. Estudos futuros podem ajudar a desvendar essas relações complexas e trazer novas informações sobre como o café afeta nossa vida.

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