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O maior desafio dos gestores ao lidar com o sofrimento mental no trabalho

Pesquisa nacional esmiúça principais dificuldades das lideranças diante do bem-estar emocional dos funcionários

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 out 2025, 09h00

Um levantamento realizado pela The School of Life, em cima de dados de mais de 700 profissionais de diferentes regiões do Brasil, revela que identificar sinais de sofrimento mental dos colaboradores é o maior desafio enfrentado pelos líderes durante a gestão de pessoas hoje.

Em sua sétima edição, a Pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho foi organizada pela instituição internacional voltada ao desenvolvimento emocional inclusive nos ambientes corporativos, em parceria com a consultoria de recrutamento Robert Half. O estudo foi conduzido entre julho e agosto deste ano, envolvendo, ao todo, 774 pessoas com nível superior e acima dos 25 anos.

Na sondagem com os gestores, 24% deles relataram que captar indícios de sofrimento mental ou emocional entre membros da equipe é a principal dificuldade nas tarefas como liderança.

Na sequência, 22% apontaram que o desafio está em promover um ambiente psicologicamente seguro e 17% reportaram o gerenciamento de conflitos interpessoais. Na lista dos percalços diários, 6% assumiram barreiras para acolher adequadamente quem passa por sofrimento emocional.

Ainda de acordo com o mapeamento, apenas 14% das lideranças disseram não ter encarado desafios relacionados à saúde mental na equipe.

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A análise e as saídas

“Não surpreende que o maior desafio apontado pela pesquisa seja identificar o sofrimento mental, porque não são sinais tão objetivos, mensuráveis, como os indicadores de desempenho”, analisa o psiquiatra Guilherme Spadini, professor na The School of Life Brasil.

“Os colaboradores acabam incentivados a mascarar esses sintomas, por medo do estigma ou de prejudicar sua imagem profissional. E os líderes nem sempre têm o treinamento ou a sensibilidade para perceber os sinais. Esse tipo de diagnóstico é difícil, mesmo entre profissionais da saúde mental”, prossegue o especialista.

Segundo o médico, a resolução desse impasse esbarra justamente na segunda maior preocupação dos líderes demonstrada pelo levantamento: como equilibrar melhor essas demandas com a carga de trabalho.

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“Uma saída é focar mais nos aspectos que podem ser objetiváveis. Por exemplo, a queda nos indicadores de desempenho, que é uma medida objetiva, frequentemente é um sinal de sofrimento emocional. Além disso, absenteísmo, oscilações marcantes de humor e sintomas físicos ou psicossomáticos são indícios mais ou menos objetivos para os quais um líder precisa estar atento”, recomenda Spadini.

O psiquiatra faz questão de ponderar que nenhum desses sinais e sintomas escancara, isoladamente, um diagnóstico de transtorno mental. No entanto, são pistas tanto para o gestor quanto para a equipe prestarem atenção.

“A saída para esse tipo de desafio também passa por cultivar um espaço seguro, que permita aos colaboradores se expressar de forma direta, sem medo de julgamento ou retaliação. Precisamos de uma cultura mais ‘desarmada'”, diz o professor da The School of Life.

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O papel das empresas

Não são apenas os líderes e liderados que devem repensar dinâmicas e valorizar sinais de sofrimento emocional. As companhias também têm um papel a cumprir nesse contexto.

“Elas devem fazer esforços genuínos para incentivar e recompensar a dedicação dos funcionários a essas questões. Promover treinamentos e campanhas é um passo fundamental, sem dúvida, mas ineficaz se não for acompanhado de uma cultura que lhes dê suporte”, argumenta Spadini.

O psiquiatra cita como exemplos de mudanças expressivas o desenvolvimento de um meio de escuta ativa, a criação de canais de acolhimento acessíveis, a oferta de métodos de gestão para aliviar a carga de trabalho e o estabelecimento e a normalização de conversas sobre o bem-estar mental no escritório.

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“É preciso incentivar pausas, incorporar a flexibilidade, proporcionar atividades que estimulem vínculos e instituir políticas de desconexão”, sublinha o professor. “É assim que podemos agir em termos de prevenção e promoção da saúde mental, e não apenas de forma reativa”.

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