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Novo estudo no Brasil avaliará 3ª dose da vacina de Oxford

Pessoas que participaram da fase 3 de testes clínicos no país receberão uma injeção extra, aplicada 12 meses após a segunda dose

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jun 2021, 21h16 - Publicado em 29 jun 2021, 18h58

O Brasil será palco de um estudo inédito com a vacina contra Covid-19 de Oxfor-AstraZeneca. O novo teste irá avaliar o efeito de uma terceira dose do imunizante, aplicada como reforço 12 meses após a segunda injeção. “Vamos submeter essa semana para a Conep [Comissão Nacional de Ética em Pesquisa] e a Anvisa um estudo com uma terceira dose da vacina de Oxford-Fiocruz, realizado nos voluntários que tomaram a segunda dose da vacina há 1 ano”, revelou à VEJA a pesquisadora Sue Ann Costa Clemens, coordenadora do estudo no Brasil e única brasileira no grupo de especialistas que fez recomendações em estratégias de saúde pública para os ministros da saúde do G7.

A pesquisa é um desdobramento dos testes clínicos que buscam avaliar o potencial de novas estratégias de vacinação. Na segunda-feira, 28, foi divulgado o resultado de um estudo feito no Reino Unido, onde voluntários da fase 1 de testes clínicos do imunizante receberam uma terceira dose, aplicada seis meses após a segunda injeção. Os resultados mostraram que essa dose de reforço aumentou ainda mais a resposta imune ao novo coronavírus.

LEIA TAMBÉM: Tudo sobre as vacinas contra a Covid-19 sendo aplicadas no Brasil

A expectativa é que coim um intervalo maior – de 12 meses, em vez de seis – a resposta imune gerada após a dose de reforço seja ainda mais forte. “Agora que a gente já mostrou que com o reforço após seis meses os títulos [de anticorpos] aumentam consideravelmente, eu acho que esse estudo terá ótimos resultados”, diz Sue.

A pesquisadora espera iniciar o estudo dentro de três a quatro semanas. Vale ressaltar que apenas os voluntários que receberam a vacina poderão receber essa terceira dose. Aqueles que participaram como grupo controle e receberam a vacina de meningite não serão incluídos porque eles receberam o imunizante há pouco tempo e o intervalo não é suficiente para aplicação do reforço.

“O estudo fase 3 tinha duração de 12 meses após a segunda dose. Nesse novo formato, ele vai terminar com 13 meses. Quando os voluntários que tomaram a vacina voltarem ao centro, 12 meses após a segunda dose, para a última coleta de sangue, nós vamos oferecer a vacina de reforço. Após um mês, esse voluntário retorna ao centro para uma última coleta de sangue e então o estudo acaba oficialmente”, diz Sue.

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Confira o avanço da vacinação no Brasil:

 

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