Inverno: Revista em casa por 8,98/semana

Mudar de endereço regularmente aumenta risco de psicose em adolescentes

De acordo com pesquisadores, as mudanças impedem a criação de laços de amizades, fator fundamental na prevenção de transtornos psiquiátricos

Por Da Redação
Atualizado em 22 ago 2018, 20h38 - Publicado em 22 ago 2018, 17h56

Mudanças residenciais frequentes durante a infância e adolescência podem aumentar risco de desenvolvimento de doenças psiquiátricas graves, aponta estudo publicado nesta quarta-feira na revista JAMA Psychiatry. De acordo com a pesquisa, a faixa etária que mais enfrenta risco são jovens entre 16 e 19 anos.

Os pesquisadores afirmam que entre as doenças mais recorrentes em crianças e adolescentes que mudam regularmente está a psicose – transtorno mental caracterizado por uma desconexão com a realidade; entre os sintomas mais comuns estão delírios, alucinações, fala incoerente e agitação, embora a pessoa afetada geralmente não note o comportamento alterado. A psicose pode ocorrer em decorrência de outra doença psiquiátrica, como a esquizofrenia.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores acompanharam cerca de 1,4 milhão de crianças suecas desde o nascimento (entre janeiro de 1982 e 31 de dezembro de 1995) até os 29 anos, incluindo informações sofre frequência de mudanças residenciais. Entre os participantes, 4.537 (0,31%) apresentaram sintomas de psicose. A idade média do primeiro diagnóstico foi aos 20,9 anos.

Fator de risco

Para a equipe, mudar de endereço implica em alterações na vida social, como trocar de escola e ter problemas para fazer amigos – isso porque crianças e adolescentes podem temer as despedidas frequentes. Todas estas questões foram consideradas fatores associados ao risco de problemas psicológicos no futuro.

Segundo a pesquisa, até os 19 anos o risco de psicose é maior, especialmente quando considerada a frequência em que ocorrem a mudança: duas a três triplicam o risco; acima de quatro, o risco quadruplica. “Mudar uma ou duas vezes durante a infância não terá muito efeito. Entretanto, as crianças enfrentam risco se a mudança ocorre uma vez por ano durante quatro ou cinco anos, por exemplo”, disse James B. Kirkbride, principal autor do estudo, ao The New York Times.

Continua após a publicidade

Agora, os cientistas estudam a possibilidade de criar uma rede de socialização para o grupo de risco para ajudá-los a criar laços de amizade, considerados vitais para desenvolver resistência duradoura ao transtorno.

Vida adulta

Apesar das descobertas, os cientistas indicam que a partir dos 20 anos não houve associação entre mudar de endereço e desenvolver o transtorno; na verdade, durante a vida adulta, a mudança e distância podem ajudar a prevenir o problema, ou seja, quanto mais longe for o novo endereço, menores são as chances de apresentar quadro de psicose.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.