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Morre paciente com febre amarela transplantado em SP

Dos sete pacientes de febre amarela que realizaram o transplante, três não resistiram

Por da Redação
1 fev 2018, 16h51

Após ter sido diagnosticado com caso grave de febre amarela, um paciente que recebeu transplante de fígado no Hospital das Clínicas (HC), na capital paulista, não resistiu e faleceu. Sem ter o nome divulgado a pedido da família, ele era o quinto a ter passado pelo procedimento após confirmação da doença, informou o Hospital. A morte foi divulgada hoje, dia 1 de fevereiro, pelo HC.

O primeiro transplante foi o da engenheira Gabriela dos Santos Silva, de 27 anos, no dia 29 de dezembro, em São Paulo. Depois dela, mais quatro foram feitos no HC e dois fora da capital, no hospital da Unicamp, em Campinas. Os dois transplantados de Campinas não resistiram.

Na quarta-feira 31, o secretário estadual da Saúde, David Uip, afirmou que o Estado já realizou seis transplantes de fígado em casos graves de febre amarela. “É um avanço. Talvez nós estejamos diante de uma possibilidade de curar hepatite fulminante pelo vírus da febre amarela”, disse.

SP como região endêmica
A febre amarela pode se tornar endêmica no estado de São Paulo, informou o coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Marcos Boulos. Endemia é quando uma doença existe de forma contínua e constante dentro de uma determinada região.   Boulos, porém, ressalta que a doença deve ficar concentrada em áreas de vegetação. “É possível que ela se transforme em uma endemia no estado, mas com muitos poucos casos, esporádicos e em regiões de matas”, disse Boulos na coletiva realizada na quarta-feira (31).

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A avaliação do governo veio com a análise das mortes de primatas infectados. “Como hoje nós pegamos até macacos infectados no inverno, e essa é uma doença de verão, mostra que provavelmente o ciclo vai se manter no estado de São Paulo”, afirmou.

“E aí deixa de ser epidemia e passa a ser uma endemia, que é aquela doença que está com a gente”, disse Boulos. Atualmente no Brasil, a região Amazônica e o Centro-Oeste são endêmicos para a febre amarela.  Todos os casos registrados da doença até agora são de febre amarela silvestre. A febre amarela urbana não existe no Brasil desde 1942.

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