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Miocardite é sete vezes mais provável por Covid do que após vacina

Estudo compilou dados de mais de 58 milhões de pessoas que relataram complicações cardíacas

Por Diego Alejandro
17 out 2022, 13h56

O risco de desenvolver miocardite, inflamação das paredes internas do coração, é sete vezes maior com uma infecção por Covid-19 do que com a vacina contra a doença, de acordo com um estudo de cientistas da Penn State College of Medicine, nos Estados Unidos. Pacientes com miocardite podem sentir dores no peito, falta de ar ou batimentos cardíacos irregulares. Em casos graves, a inflamação pode levar à insuficiência cardíaca e morte.

“No futuro, será importante monitorar os potenciais efeitos a longo prazo naqueles que desenvolvem miocardite”, disse Navya Voleti, médica residente do Departamento de Medicina do Penn State Health Milton S. Hershey Medical Center.

Embora as vacinas tenham demonstrado reduzir os sintomas graves de Covid-19, a pesquisa adquire um maior grau de importância ao rebater um dos exageros propagados na pandemia. Complicações cardíacas foram associadas a vacinas à base de RNA mensageiro (mRNA), como a da Pfizer – particularmente em episódios de miocardite em adolescentes -. 

Em 2021, um comunicado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alertava sobre o “risco de miocardite e pericardite pós-vacinação”. No entanto, o anúncio, bem quanto outras notícias alarmistas, não foi se apoiava em grandes estudos, apenas em casos isolados.

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Este é o maior estudo do gênero, no qual a equipe da Penn State fez uma revisão sistemática e meta-análise de 22 estudos publicados em todo o mundo de dezembro de 2019 a maio de 2022. Os documentos incluíam quase 58 milhões de pacientes que relataram complicações cardíacas e pertenciam aos 55,5 milhões que foram vacinados contra Covid-19 em comparação com os que não foram vacinados (grupo de vacinação) e os 2,5 milhões que contraíram o vírus em comparação com os que não contraíram o vírus (grupo da doença).

No grupo de vacinação, os pesquisadores compararam separadamente o risco de miocardite para várias vacinas da Covid-19, incluindo mRNA (Pfizer, Moderna), Novavax, AstraZeneca e Janssen. Dos pacientes diagnosticados com miocardite nos grupos de vacinação e da doença, 1,07% foram hospitalizados e 0,015% morreram.

“A infecção por Covid-19 e as vacinas relacionadas representam um risco de miocardite. No entanto, o risco relativo de inflamação cardíaca induzida pela infecção é substancialmente maior do que o risco representado pelas vacinas”, explicou Paddy Ssentongo, principal autor do estudo. “Esperamos que nossas descobertas ajudem a mitigar a hesitação e aumentar a aceitação da vacina”.

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