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‘Metbala’: Anvisa proíbe bala de goma de tadalafila; entenda

Conhecido pelos jovens como 'tadala', medicamento não deve ser tomado sem prescrição médica; agência alerta sobre riscos da automedicação

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2025, 19h58 - Publicado em 14 Maio 2025, 17h03

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação e comercialização das balas de goma “Metbala”, que contêm o medicamento tadalafila, indicado para pacientes com disfunção erétil e hiperplasia prostática benigna (HPB). Segundo a agência, a medida foi adotada pelo fato que de que os gummies não são regularizados e a empresa, FB Manipulação Ltda., não tem autorização para fabricar medicamentos.

A resolução sobre o produto foi publicada na edição desta quarta-feira, 14, do Diário Oficial da União (DOU) e determina a “proibição de comercialização, distribuição, fabricação, manipulação, propaganda e uso” das balas.

“A proibição também se aplica a qualquer pessoa, física ou jurídica, ou veículos de comunicação que comercializem ou divulguem esse produto”, informou, em nota. “Quem faz a propaganda de produtos irregulares também comete infração sanitária e está sujeito a penalidades, incluindo multas.”

A Anvisa destaca que o produto se trata de um medicamento, logo, necessita de registro e só pode ser vendido em farmácias e drogarias. “O registro é a comprovação de que o produto possui eficácia, segurança e qualidade. A tadalafila é um medicamento sujeito à prescrição médica e seu uso depende de uma avaliação sobre as condições específicas do paciente.”

A agência alertou ainda sobre os riscos de tomar medicamentos sem prescrição médica. “A automedicação coloca sua vida em risco. Esses produtos não são inofensivos.”

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‘Tadala’

A tadalafila está no centro de uma perigosa moda entre jovens com o apelido de “tadala” para impulsionar a energia sexual e o ânimo nas academias, usos que estão fora das indicações em bula e, no caso da performance física, não tem comprovação científica. Reportagem de VEJA mostrou que o consumo estava turbinando a folia durante o carnaval deste ano.

Assim como outros medicamentos, a tadala pode desencadear efeitos adversos. De acordo com a bula, os mais comuns são desconfortos gástricos, dores musculares e dor de cabeça. Casos raros de eventos graves foram identificados pós-comercialização do produto, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e morte súbita cardíaca.

O que mais preocupa os especialistas é que este medicamento costuma ser ingerido pelos jovens em festas com álcool e drogas. Além dos riscos à saúde não previstos com essa combinação, eles ficam mais expostos a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e acidentes ao fazer misturas e abuso de substâncias.

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A reportagem tentou contato com a empresa fabricante, mas ninguém atendeu o telefone disponível. O site da “Metbala” está fora do ar, no entanto, ainda há uma página do produto ativa no Instagram com dois posts, o primeiro de 19 de março. O outro é de abril e traz um vídeo estrelado por um influencer em um ambiente de festa rodeado por mulheres. Ele “recupera” a energia após consumir o gummy, que aparece com efeitos especiais brilhantes, e fala o slogan: “Quando o jogo começa, você está pronto”.

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