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Luís Mauro Sá Martino: “O problema da ideia de perfeição hoje é que ela não tem medida”

Em livro recém-lançado, professor alerta para perigo que está acabando com o nosso equilíbrio mental e minando relacionamentos

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 ago 2025, 08h00

Dinheiro, beleza, curtidas no Instagram… Qual é a grande medida do sucesso pessoal nestes tempos? O problema da ideia de perfeição hoje é que ela não tem medida. Sempre há algo mais a ter ou a conquistar. Isso coloca a pessoa em um ciclo sem fim.

Como assim? Cada conquista rapidamente se torna apenas o degrau para a próxima. Querer ir além, em si, não é a questão: as coisas complicam quando isso se torna uma obrigação — e depois um problema.

No livro Ninguém É Perfeito (Editora BestSeller), o senhor dialoga com uma série de autores e contextos históricos. Houve um momento na trajetória da humanidade em que passamos a cultuar essa busca pela perfeição? As raízes mais antigas aparecem por volta do século XVIII, mas a noção ganha os contornos atuais a partir do século XX, quando passa a ser apresentada como um ideal a ser atingido a todo custo. Mas como esse ideal não é bem definido, o resultado é uma busca, muitas vezes, sem objetivo.

Então não existe uma linha de chegada? Sim, é a ideia de “chegar lá”, mas nunca se define bem o que é esse “lá”.

Como as redes sociais estão redefinindo essa busca e a própria noção de felicidade? De várias maneiras, mas sobretudo pela intensidade com que mostram modelos e ideais de vida, bem como as supostas fórmulas para alcançá-los.

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É a receita para a completa frustração? Ao comparar sua vida real com o que vê nas redes sociais, uma pessoa pode entender — ou ter ainda mais certeza — de que ela está fora do padrão. O resultado afeta a autoestima, pode se transformar em cobranças internas e culminar na ansiedade por atingir esse padrão.

Seu livro deixa claro que essa aspiração a um ideal de perfeição inevitavelmente deságua em comprometimento da saúde mental e inclusive das relações sociais. Daria algum conselho a quem insiste em perseguir esse perfeccionismo exaltado? Olha, não sei se daria conselhos, mas faria algumas perguntas. Em primeiro lugar, qual tem sido o custo dessa busca pela perfeição? Do que você anda abrindo mão? Enquanto está procurando a vida perfeita, como tem vivido a vida real? Fazer essa conta pode ajudar a refletir mais sobre o tema.

Publicado em VEJA de 1º de agosto de 2025, edição nº 2955

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