Justiça determina retirada de lote de azeite extravirgem Borgel do mercado
O produto foi reprovado por fraude em teste realizado pela Proteste; Justiça determinou a retirada da marca do mercado

A Justiça do Estado de São Paulo determinou recentemente a retirada de um lote do azeite extravirgem Borgel do mercado brasileiro. A decisão veio após uma ação judicial movida pela Proteste e determina a remoção do lote 006, com validade em 02/01/2020. Caso a empresa não cumpra a decisão, poderá arcar com uma multa diária de 50.000 reais.
O lote em questão foi reprovado no último teste de qualidade realizado pela associação. A reprovação foi motivada pela constatação de indícios da adição de outros óleos vegetais, o que caracteriza fraude contra o consumidor, já que não podem ser considerados azeites extravirgens.
Segundo a entidade, os consumidores que compraram o azeite Borgel, lote 006, têm o direito de pedir ao fornecedor o dinheiro de volta. O azeite chileno já havia sido reprovado em testes anteriores. Outras seis marcas (Barcelona, Porto Valência, Casalberto, Olivenza, Faisão Real e Do Chefe) foram desclassificadas pelo mesmo motivo. A Proteste também entrou com ação judicial contra essas empresas para solicitar a retirada dos lotes do mercado.
O que diz a marca?
VEJA tentou contato com a empresa Comercial Zaragoza Imp. e Exp. Ltda (Spani Atacadista), responsável pela distribuição do azeite Borgel no Brasil, mas não foi possível falar com os representantes da marca.
Qualidade comprovada
O teste realizado pela Proteste avaliou mais de sessenta marcas com o objetivo de atestar a qualidade e genuinidade dos azeites, considerando rotulagem, acidez, análise sensorial, estado de conservação, qualidade e fraude. Dos produtos avaliados, a melhor nota foi para o lote do azeite Prosperato Premium, que recebeu o selo de excelência. Outras três marcas foram consideradas “a escolha certa”: Menoyo, Tradição Brasileira e Santa Maria.