Fiocruz dará prioridade de registro a estudos sobre monkeypox
Instituto decide usar estratégia, já usada em outras doenças, para combater a pandemia da varíola dos macacos
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que administra o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC), lançou, na última quinta-feira (1), uma via expressa para registro de estudos sobre a varíola dos macacos (monkeypox).
Conhecida como “fast track”, a medida reduz, de até algumas semanas para até menos de 48 horas o tempo de aprovação do registro e visa priorizar a busca por soluções no enfrentamento à doença, que se espalha rapidamente pelo Brasil, terceiro país em número de diagnósticos. Segundo o Ministério da Saúde (MS), os casos identificados saltaram de 3.700 para 5.037 entre os dias 22 e 31 de agosto.
“É essencial acelerar soluções com impacto e escala, como vacinas, novos métodos e medicamentos, que podem proteger a sociedade e, ao mesmo tempo, frear a contaminação. Se a documentação estiver correta, podemos aprovar na primeira rodada, imediatamente”, diz Luiza Silva, coordenadora do ReBEC à Agência Fiocruz de Notícias (AFN)
Luiza também fez parte do primeiro fast track, para a epidemia de zika em 2016: “Na pandemia, a priorização de estudos considerados emergenciais foi combinada com atendimento em horário estendido. A inovação agora é que os registrantes podem falar diretamente com nossa equipe por meio de chat e até marcar hora para esclarecer dúvidas pelo celular”, explica.
O ReBEC oferece aprovação prioritária para estudos em Covid-19, zika, malária, febre amarela, chikungunya e dengue. Todos atuam em conformidade regulatória com uma rede global da Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual o órgão participa com outros 16 países.