PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Continua após publicidade

Elon Musk aproveita caso de Bronny James e reforça fake news contra vacina

Empresário usou situação do filho de LeBron James para questionar a segurança dos imunizantes contra a Covid-19, associando-os à miocardite

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2023, 16h10 - Publicado em 31 jul 2023, 12h48

Elon Musk, proprietário do Twitter, usou a rede social para reforçar a crença infundada de que as vacinas contra a Covid-19 estão levando a um aumento de problemas cardíacos, especialmente em jovens atletas. Aproveitando a situação de Bronny James – filho da lenda do basquete LeBron James, que sofreu uma parada cardíaca na última segunda-feira 24, enquanto praticava o esporte – o empresário questionou os imunizantes, em uma já conhecida estratégia usada pelos antivax na disseminação de fake news: colocar dúvida na cabeça das pessoas sobre a segurança das vacinas.

“Não podemos atribuir tudo à vacina da Covid, da mesma forma que não podemos atribuir nada”, escreveu na rede social, acrescentando que “a miocardite é um efeito colateral conhecido”, em resposta a um post detalhando sobre a internação de James no hospital.

“É mais uma reedição dessa fake news de que a vacina causa eventos cardíacos, morte súbita, infartos, AVCs. Esses eventos sempre existiram, inclusive entre jovens atletas, mas não tem nada a ver com a vacina”, diz Renato Kfouri, infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “Atribuir isso às vacinas é um grande equívoco”, completa.

Musk lançou a dúvida sem nenhuma evidência científica. “Criar a falsa dúvida é uma das grandes estratégias desse grupo antivacinista, sempre com o mesmo  discurso: ‘não estou dizendo que é, estou dizendo que pode ser’. Mas é o suficiente para trazer muita hesitação entre a população”, explica o infectologista.

Não é de hoje que as vacinas da Covid-19 são associadas a casos de miocardite. No entanto, vários estudos mostram que os imunizantes não levam a um risco maior de parada cardíaca e que a miocardite é mais comum e grave após infecções pelo coronavírus e não após tomar a vacina. “É criminosa essa associação”, afirma Kfouri.

Continua após a publicidade

Também há evidências de que as paradas cardíacas são mais comuns em atletas do que na população em geral, que os jovens são mais propensos, e que os jogadores afro-americanos correm um risco maior.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.