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EUA registram total de mortes por Covid maior do que na pandemia de gripe

Já são mais de 700 mil óbitos, a maior parte deles ocorrida entre a população não vacinada concentrada principalmente nos estados do sul

Por Cilene Pereira
Atualizado em 2 out 2021, 17h29 - Publicado em 2 out 2021, 13h46

Os Estados Unidos já registram mais de 700 mil mortes causadas pela Covid-19. O número supera o total de óbitos ocorrido no país durante a pandemia de gripe espanhola (1918-1920), estimado em 675 mil pessoas. Cem mil das 700 mil mortes foram assinaladas nos últimos três meses. A maior parte aconteceu entre a população não vacinada, concentrada especialmente nos estados do sul. Florida, Mississipi, Louisiana e Arkansas lideram a lista dos estados com maiores índices de óbitos. Além disso, há uma mudança importante no perfil das vítimas: a maioria tem menos de 55 anos e muitos deles sem fatores de risco que podem agravar a evolução da enfermidade. Do início da pandemia até as campanhas de imunização começarem, as mortes ocorriam predominantemente em idosos e em pessoas com comorbidades.

A situação americana é paradoxal. O país foi um dos primeiros a iniciar a vacinação da população, mas agora se vê com sobra de vacina e aumento de mortes justamente porque não consegue ultrapassar a barreira dos que se recusam a se proteger. A questão é hoje um dos principais desafios do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Os bolsões de grupos antivacina existentes na parte sul do território americano possuem forte influência e trabalham como grupos extremamente organizados e mobilizados. Suas origens remontam ao começo do século 20, quando teve início a popularização das vacinas em todo o mundo. Alimentados por crenças sem qualquer fundamento, eles representam o maior obstáculo para que os Estados Unidos alcancem o índice desejado de cobertura vacinal, calculado em 90%.

A tragédia americana serve de alerta para todo o mundo. Hoje, ampliar a cobertura vacinal é um dos objetivos principais das autoridades de saúde e não é à toa que a Organização Mundial de Saúde conclama as nações ricas a ajudarem os países pobres com vacinas e profissionais. Sabe-se, afinal, que o controle da pandemia só poderá ser comemorado quando o mundo todo atingir índices adequados de proteção.

 

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