Estudo: Quão recorrente é o abuso em casos de fratura em crianças?
Novo trabalho elucida a importância de se reconhecer casos de maus tratos quando a criança apresenta ossos quebrados

Um novo estudo investigou a importância da análise de fraturas de crianças pequenas na hora de identificar abusos e chegou a conclusões que podem ser muito importantes para profissionais da saúde. A pesquisa foi publicada em meados de janeiro no periódico científico Academic Emergency Medicine.
De acordo com as constatações dos cientistas, 77% das crianças de menos de três anos que chegam ao hospital com fraturas nas costelas foram abusadas ou maltratadas. Excluindo-se os casos de pessoas envolvidas em colisões de veículos, o número sobe para 96%.
Já entre bebês de menos de 18 meses que apresentaram fraturas no úmero (osso localizado no braço), 48% é resultado de maus tratos. Mudando o foco para bebês de menos de um ano com o fêmur quebrado, abuso foi identificado em 34% das vezes.
A pesquisa é de extrema importância pois, se não identificados, casos de maus tratos a bebês e crianças podem levar a lesões sérias, traumas permanentes e até mesmo à morte. Ter em mãos dados como aqueles descobertos por este estudo pode ajudar médicos e enfermeiros a detectar situações de abuso e tomar atitudes que protejam a criança.