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Estudo inédito da Fiocruz revela número de crianças órfãs pela Covid

Levantamento foi feito com base nos óbitos registrados no Brasil em 2020 e 2021

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 dez 2022, 19h34

Um estudo inédito realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que 40.830 crianças e adolescentes brasileiros ficaram órfãos de mãe nos dois primeiros anos da pandemia de Covid-19. O levantamento foi feito com base nos óbitos registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os achados foram publicados no periódico Archives of Public Health, da Springer Nature.

Os pesquisadores avaliaram os dados dos primeiros anos da pandemia e também as informações do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) no período de 2003 a 2020.

“A pesquisa mostra que a Covid-19 foi responsável por um terço de todas as mortes relacionadas a complicações no parto e no nascimento entre mulheres jovens, o que representa um aumento de 37% nas taxas de mortalidade materna no Brasil, em relação a 2019, quando ela já era alta”, disse, em nota, Cristiano Boccolini, um dos autores do estudo e coordenador do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância). “A cada mil bebês nascidos vivos, uma mãe morreu no Brasil durante os dois primeiros anos da pandemia”, completou.

Boccolini afirma que os dados demonstram a urgente necessidade de oferecer suporte às crianças impactadas pela doença, por meio de políticas públicas, principalmente diante do cenário de crise econômica, retorno da fome, aumento da insegurança alimentar e crescimento do desemprego no Brasil.

Também autora do estudo Celia Landmann, pesquisadora da Fiocruz, diz que a perda de um dos pais, especialmente da mãe, é algo ligado a “desfechos adversos ao longo da vida”.

“As crianças órfãs são mais vulneráveis a problemas emocionais e comportamentais, o que exige programas de intervenção para atenuar as consequências psicológicas da orfandade”, explica Celia, que atua no Laboratório de Informação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

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