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Dry January: como mês sem consumir bebidas alcoólicas impacta saúde

Participar da campanha pode melhorar sono, reduzir pressão arterial e ajudar a economizar dinheiro

Por Ligia Moraes
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h34 - Publicado em 5 jan 2024, 19h00

Janeiro costuma ser, para muitos, um mês para cumprir novas metas em prol do bem-estar. Entre as típicas resoluções, como começar a fazer academia e testar novas dietas, uma nova tendência tem ganhado popularidade no Brasil. O Dry January –  ou simplesmente “Janeiro Seco”, como tem sido traduzido – já é uma prática conhecida em países estrangeiros, principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra. 

O movimento foi uma iniciativa da britânica Emily Robinson. Ela queria correr sua primeira maratona e, para facilitar nos treinos, decidiu cortar o consumo de bebida alcoólica durante todo o mês de janeiro. 

De acordo com a maratonista, os impactos no seu bem-estar foram marcantes, o que a motivou a fundar a campanha, que hoje é administrada pela organização Alcohol Change U.K.

Em 2023, a iniciativa completou dez anos e segue ganhando cada vez mais popularidade. Segundo o site oficial do Dry January, eles já contam com quase 200 mil adeptos oficialmente inscritos.

Benefícios de dar uma pausa no álcool

 A vontade de cuidar do corpo depois das bebedeiras nas festas de fim de ano pode parecer um ótimo incentivo para aderir ao Dry January. Ainda mais porque já foi comprovado por especialistas que se abster do consumo de álcool — mesmo que por somente um mês — já traz bons resultados à saúde.

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Consumidores regulares de bebidas alcoólicas que se abstiveram de álcool por 30 dias viram melhora no sono e na energia, além de redução nos níveis de colesterol, pressão arterial e proteínas causadoras de câncer, de acordo com um estudo de 2018 publicado no BMJ Open.

Além disso, segundo um outro estudo de 2019 da Universidade de Sussex, aproximadamente 90% das pessoas que participaram do Janeiro Seco em 2018 economizaram dinheiro, 71% tiveram sono melhorado, 58% perderam peso, 54% viram melhora na pele e 67% tiveram mais energia.

O desafio também teve reflexos nos hábitos dos participantes. Uma pesquisa de 2016 da Associação Americana de Psicologia descobriu que, seis meses após completarem o Janeiro Seco, os adeptos, em média, beberam um dia a menos por semana e consumiram cerca de uma dose a menos cada vez que bebiam – em comparação com o consumo de álcool antes da campanha.

Qualidade do sono

Não se engane! Por mais que o álcool possa ajudar algumas pessoas a dormir mais rapidamente, ele pode perturbar os padrões de sono.

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 Na verdade, já é um consenso entre os especialistas que o álcool próximo à hora de dormir prejudica a qualidade do sono. Por isso, participar do Dry January pode ter efeitos positivos no descanso. Um estudo britânico de 2020 constatou que, entre 4 mil participantes do Dry January, 56% relataram que dormiam melhor sem álcool.

O que acontece é que, enquanto o álcool é metabolizado no fígado, o seu excesso continua a circular pelo corpo, o que distrai repetidamente o cérebro enquanto atravessa as fases do sono. É o que explica Abhinav Singh, médico especializado em medicina do sono e diretor do Centro de Sono de Indiana, ao jornal The Washington Post

Dry January e alcoolismo

Por mais que cortar o consumo de álcool possa ter efeitos positivos na saúde, é importante ressaltar que participar do Dry January não é recomendado para aqueles que sofrem de alcoolismo. Parar repentinamente de consumir álcool pode resultar na síndrome de abstinência.  

O Alcohol Change U.K. adverte que “pessoas que são clinicamente dependentes de álcool podem morrer se pararem abruptamente de beber completamente”. Por isso, é recomendado consultar um profissional médico para uma desintoxicação médica segura.

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