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Dose de reforço da vacina em todos os adultos não conta com aval da Anvisa

À VEJA, agência afirmou não ter sido consultada e ressaltou diferença entre o esquema vacinal previsto em bula e a estratégia do Ministério da Saúde

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 nov 2021, 19h42 - Publicado em 16 nov 2021, 18h34

A decisão do Ministério da Saúde de ampliar a dose de reforço para todos os adultos acima de 18 anos, anunciada nesta terça-feira, 16, ainda não possui o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas isso não impede, porém, que a terceira dose seja aplicada. “As discussões sobre a dose de reforço  são debates técnicos que estão a todo momento em curso. Entretanto, a Anvisa não foi consultada sobre a ampliação da dose de reforço para todas as pessoas maiores de 18 anos”, disse a agência a VEJA. 

Em nota, a agência reguladora enfatiza que existe diferença entre os planos vacinais das bulas dos imunizantes e o planejamento estratégico de imunização do governo federal. “O esquema previsto em bula e aprovado pela Anvisa (quantidade de doses e intervalos) indica a forma de uso da vacina que, segundo os estudos, produz os melhores resultados de imunização. Já a estratégia de vacinação de reforço é uma decisão da autoridade de saúde (Ministério da Saúde) sobre como determinado imunizante será aplicado na população de forma a se obter a melhor cobertura vacinal e as estratégias de monitoramento das reações adversas”, diz a agência.

A Anvisa também ressalta que outros países apresentam seus planos às suas respectivas agências reguladoras antes de tomarem decisões como a anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “Antes de incorporar a dose de reforço das vacinas, países como Estados Unidos, Canadá, Indonésia, Grã-Bretanha, Israel, membros da Comunidade Europeia e outros submeteram a estratégia à avaliação prévia das suas autoridades reguladoras. Primariamente, a terceira ou dose de reforço foi indicada para pessoas com sistema imunológico enfraquecido, idosos e profissionais de saúde.”

Antes, a terceira dose só era permitida para idosos maiores de 60 anos, imunossuprimidos e profissionais da saúde. Com a decisão do Ministério da Saúde, 158 milhões de pessoas passam a ser elegíveis para receber a terceira dose. A pasta planeja vacinar 102 milhões de pessoas com a dose adicional até maio de 2022. “Agora, graças às informações que temos advindas dos estudos científicos, principalmente, de efetividade, realizados em parceria com a Fiocruz e de um estudo que encomendamos em parceria com a Universidade Oxford para avaliar a aplicação da terceira dose, já temos dados preliminares. Nós decidimos ampliar essa dose adicional para todos aqueles acima de 18 anos que tenham tomado a segunda dose há mais de 5 meses”, disse o ministro.

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