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Coronavírus: USP trabalha em vacina em spray para Covid-19

Imunizante está sendo desenvolvido por pesquisadores da universidade; objetivo é que antígeno aplicado no nariz produza anticorpos contra o vírus

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jun 2020, 18h26 - Publicado em 10 jun 2020, 12h44

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo uma vacina para Covid-19 com aplicação via spray nasal. O antígeno, se funcionar conforme esperam os especialistas e apontam os primeiros estudos em laboratório, será capaz de produzir anticorpos contra a infecção em secreções das mucosas (saliva, lágrima, em superfícies do trato respiratório, entre outros) e no sangue.

O desenvolvimento da vacina é feito a partir de proteínas do novo coronavírus inserido em nanopartículas manipuladas em laboratório. O resultado deve ser aplicado no nariz, onde células específicas absorveriam o fármaco em até 3 horas. Esse mecanismo de assimilação, cabe ressaltar, também seria responsável por impedir que a solução seja expelida em um espirro logo após a aplicação, por exemplo.

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“Vamos iniciar em três semanas as análises para verificação da produção de anticorpos. E, no máximo, em dois meses vamos fazer testes em animais camundongos geneticamente modificados, que desenvolvem o vírus”, explica o responsável pelo estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, Marco Antonio Stephano, médico veterinário e especialista em tecnologia bioquímica e farmacêutica.

O estudo conta com oito especialistas de áreas como química, farmácia e ciências biológicas da USP e da Universidade de Campinas (Unicamp).

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A estimativa é que a solução esteja disponível para imunizar pessoas contra a Covid-19 em até dois anos. A mesma metodologia poderá ser usada para desenvolver uma imunização para o zika vírus. Essa inovação, acreditam os pesquisadores, poderia render um medicamento que não apresentaria risco para as gestantes.

O especialista ainda apontou uma vantagem de realizar imunizações com este tipo de abordagem (em spray) para o tratamento de doenças respiratórias. “É  uma forma de neutralizar o vírus assim que ele entra em contato com o corpo, ele é barrado diretamente nas narinas, antes que chegue aos pulmões”, disse Stephano.

Cabe ressaltar que a solução pode ser considerada uma vacina, ainda que apresente-se em formato pouco comum. “O spray é apenas a metodologia usada para vacina, que não precisa ser injetável. O que importa é se ela induz imunidade ou não”, explica Cristina Bonorino, professora titular da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e membro do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Imunologia.

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