Coronavírus: três estados brasileiros descartam casos suspeitos
Secretarias da Saúde de Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro informaram que exames de quatro pacientes em investigação deram negativo
As secretarias da Saúde de Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro descartaram nesta quinta-feira 30 quatro casos suspeitos de infecção por coronavírus. Os três estados estão na lista divulgada ontem pelo Ministério da Saúde, onde ainda constam mais cinco casos em outros três estados: São Paulo (3), Minas Gerais (1) e Ceará (1). Procuradas, as secretarias de Saúde confirmam que os pacientes seguem isolados, em monitoramento.
Em Santa Catarina, os dois casos suspeitos, de uma mulher de 29 anos e de um homem de 28 anos, foram diagnosticados com Influenza B (gripe), segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica catarinense. “Os pacientes, um casal que mora em São José (SC), viajaram no dia 26 de dezembro de 2019 e retornaram no dia 12 de janeiro de 2020. Eles partiram de São Paulo com destino a Bangkok, fizeram conexão em Madri e escala em Pequim, capital chinesa, onde passaram 12 horas”, detalhou o órgão.
No Paraná, foi descartada, em caráter definitivo, a suspeita em uma mulher de 23 anos, residente em Curitiba. Ela havia chegado da China no último dia 5 de janeiro, depois de passar pelas cidades de Hong Kong, Xangai, Macau, Zhuhai.
No Rio de Janeiro, o único caso suspeito foi descartado na noite desta quarta-feira 29, segundo confirmou a VEJA, por telefone, a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde fluminense.
No total, o Ministério da Saúde contabiliza até o momento nove casos considerados suspeitos (o número inclui os três estados que descartaram casos, situação ainda não informada oficialmente pelo governo federal) e 33 notificações. A pasta atualizará a situação epidemiológica do coronavírus no Brasil em de boletins diários.
Reunião de emergência
Nesta quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz uma nova reunião de emergência para avaliar se o surto de coronavírus constitui emergência internacional de saúde. Na quarta-feira 29, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o aumento contínuo de casos e evidências de transmissão entre pessoas fora da China é preocupante. “Embora o número de casos fora da China seja relativamente pequeno, há potencial para uma epidemia ainda maior.”
A OMS promoveu a primeira reunião de emergência há uma semana e concluiu que era “muito cedo” para declarar emergência internacional de saúde. Até aquele momento, a transmissão de pessoa para pessoa estava restrita à China.