Coronavírus: SP tem fila de 16.000 exames não avaliados da doença
Do total, 201 são de pessoas que já morreram sem o diagnóstico de Covid-19
O Governo do Estado de São Paulo informou nesta quarta-feira, 1º, que há uma fila de 16.000 testes de diagnóstico de Covid-19 esperando para serem avaliados. Destes, 201 pessoas morreram sem a confirmação se estavam, ou não, infectadas pelo novo coronavírus.
De acordo com o secretário da pasta de Saúde, José Henrique Germann, o Instituto Adolfo Lutz passou por falta de insumos para processar os exames nas duas últimas semanas — que eram realizados de forma manual e passaram a ser feitos de forma automatizada para agilizar e melhorar o processo. A capacidade da unidade central é de processar 1.200 testes por dia.
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Os exames dos óbitos serão avaliados nesta quarta-feira, 1º, e amanhã estarão determinados. Unidades do interior de São Paulo do Instituto Adolfo Lutz (Santo André, Ribeirão Preto, Sorocaba, Bauru e São José do Rio Preto) serão incluídas na operação e trarão a capacidade de avaliar 500 testes diários ao sistema.
Cerca de 20 000 kits de insumos serão importados dos Estados Unidos para o próximo final de semana e mais 40 000 para os próximos dez dias, o que deve colaborar com o aumento da velocidade do processo. Há ainda o contrato com um laboratório privado que passará a avaliar 720 testes por dia. Existem conversas com outras unidades de fornecedores privados para aumentar a vazão dos testes em todo o estado.
ASSINE VEJA
Clique e AssineA previsão é que a partir do dia 10 de abril seja possível realizar 8.000 exames por dia.
Prevent Senior
Na reunião, foi informado que a Secretaria da Estado da Saúde fez duas visitas com a prefeitura e depois mais uma análise em separado no Hospital Sancta Maggiore da Rede Prevent Senior, plano de saúde que acumula maior número de óbitos por Covid-19 em SP. “Estamos conversando a todo o momento sobre esse caso”, afirmou o secretário José Henrique Germann. De acordo com ele, a ideia é ajustar o hospital conforme as necessidades da pandemia. A ideia é não retirar os pacientes do centro de saúde, mas colaborar para que ele possa ter um “atendimento de qualidade”.