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Consulta pública para incorporar teste para HPV no SUS entra na reta final

Exame já recebeu parecer preliminar favorável da Conitec; contribuições podem ser dadas até esta quarta-feira, 17

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 16h24 - Publicado em 15 jan 2024, 08h00

Uma consulta pública para a incorporação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção do papilomavírus humano (HPV) antes do aparecimento de células cancerígenas entrou nesta semana na reta final e interessados terão até a próxima quarta-feira, 17, para fazer contribuições. O vírus está relacionado a casos de câncer do colo do útero, doença que, em 2020, teve 600 mil novos casos e levou a 340 mil mortes em todo o mundo. O link está aqui.

O exame, que já recebeu parecer preliminar favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), é baseado em DNA e utiliza uma análise de biologia molecular por PCR (reação em cadeia de polimerase) para detectar, de forma automatizada, a infecção pelo vírus de forma precoce. Assim, é possível apontar o risco de evolução para câncer em pacientes com útero.

O teste molecular, segundo evidências científicas, tem se mostrando como uma das formas mais eficientes para identificar lesões precursoras do câncer do colo de útero e esse tipo de rastreamento pode levar à redução tanto de novos casos quanto das mortes pela doença. Isso porque o diagnóstico precoce está ligado ao aumento da possibilidade de cura.

“(A empresa) possui esse teste inovador e acredita que nenhuma mulher deve morrer mais de câncer de colo de útero. Temos trabalhado com o compromisso de buscar alternativas para ampliar o acesso da população brasileira a soluções de saúde inovadoras e que atendam às suas necessidades”, disse, em nota, Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil.

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Câncer do colo de útero

Causado pela infecção por via sexual por tipos de HPV com potencial oncogênico, o câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre mulheres. Em pacientes que vivem com o HIV, a possibilidade de desenvolver tumores é até cinco vezes maior.

Além dos exames periódicos, a principal forma de prevenir as infecções pelo vírus é por meio da vacinação. No SUS, as doses estão disponíveis gratuitamente para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de idade, pacientes oncológicos, vítimas de violência sexual de 9 a 45 anos de idade e pessoas imunossuprimidas, como quem vive com HIV ou aids e transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea.

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