Dia das Mães: Assine por apenas 5,99/mês

Capacete especial para bebês ajuda a tratar deformidade

A órtese é indicada para corrigir casos de plagiocefalia posicional, problema que atinge 12% dos bebês

Por Da Redação
19 jul 2012, 13h01

Ao mostrar a foto do filho Felipe, de 6 meses, a coordenadora jurídica Mayra Margionti Benatti, de 32 anos, foi surpreendida com o comentário da amiga. “Também preciso comprar um capacete desses para a minha neta.” Teve de explicar que o objeto não é para proteção contra quedas, mas uma órtese para corrigir a plagiocefalia posicional, que atinge 12% dos bebês, segundo estudos americanos, e que até pouco tempo não tinha tratamento no Brasil. Felipe é uma das 350 crianças acompanhadas na primeira clínica especializada em assimetrias cranianas da América Latina, aberta em São Paulo.

Leia também:

Especialistas tiram dúvidas sobre gravidez e sobre os cuidados com o bebê

A plagiocefalia posicional é uma deformidade na cabeça do bebê. Ele pode nascer assim, por conta da posição em que ficou no útero – e há maior chance de melhora espontânea. Ou pode desenvolver a assimetria ainda nos primeiros meses. “Isso ocorre por um apoio viciado, o bebê apoia mais um lado do que o outro. O osso ‘entende’ que não pode crescer ali e se desenvolve para o lado oposto”, explica Gerd Schreen, sócio fundador da Clínica Cranial Care.

A preferência por um dos lados pode ser provocada por torcicolo congênito, quando a criança já nasce com uma contratura do músculo do pescoço, que não permite que ela vire a cabeça para os dois lados completamente. Foi o que aconteceu com Felipe. “Eu percebia que ele tinha preferência por um lado, mas, até por falta de informação, deixava que ele ficasse na posição mais confortável”, diz Mayra.

Continua após a publicidade

Quando o marido chamou a atenção para a “cabecinha torta”, Mayra reclamou. A pediatra, no entanto, confirmou a plagiocefalia. Além da questão estética, havia o risco de desenvolver visão dupla, por causa do desalinhamento da órbita, dificuldade para fechar a mandíbula e até desalinhamento da coluna. As crianças não têm dificuldades em usar o capacete – às vezes, são os pais que precisam se acostumar. “Tem gente que faz cara feia, como se fosse excesso de proteção nossa”, conta o jornalista Rodrigo Dias Vieira, de 36 anos, pai de Gabriel, de 11 meses.

Anos 90 – Os casos de plagiocefalia posicional se tornaram mais comuns quando a Academia Americana de Pediatria recomendou, nos anos 1990, que os bebês fossem colocados no berço de barriga para cima para reduzir o risco de morte súbita. “A recomendação é válida, mas os pais devem colocar o filho de bruços quando ele estiver acordado e sob supervisão”, diz Schreen.

Além de ficar deitada no berço, há crianças que passam muito tempo também em cadeirinhas. “Há um abuso desses dispositivos. Uma alternativa são os cangurus ou slings, em que a mãe carrega o bebê.”

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.